Precisando de um dinheiro extra? Veja como antecipar a restituição do Imposto de Renda, Confira os cuidados e as taxas dos bancos

Os bancos já começaram a oferecer linhas de antecipação da restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física. Com a contratação desse tipo de crédito, a pessoa pega agora o dinheiro em vez dos lotes de restituição, que serão liberados de junho a dezembro. O valor depositado pela Receita Federal será da instituição financeira, que cobra juros por essa transação.

No Itaú, é possível pedir o adiantamento da restituição e do 13º salário desde terça-feira. Já o Banco do Brasil e o Santander oferecem, a partir de quinta-feira, a antecipação de até 100% dos valores a receber no acerto de contas com o Fisco.

Vice-presidente operacional do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro (CRCRJ), Samir Nehme, destaca que quem está interessado na linha de crédito deve procurar os bancos em que tem conta antes de enviar a declaração:

— O banco fará uma simulação, e o mais interessante deverá ser indicado como o banco recebedor. Não adianta a pessoa indicar um banco na declaração e solicitar o empréstimo em outra instituição.

Professor de finanças do Ibmec Rio, Gilberto Braga recomenda muita cautela na contratação dessa antecipação da restituição:

— Só é indicado quando a pessoa tem uma dívida com taxas de juros altas, como o caso do cartão de crédito ou cheque especial. É um empréstimo com taxas interessantes porque existe uma garantia de que o cliente vai receber o valor, assim como o salário é a garantia de um empréstimo consignado.

No entanto, o economista lembra que, se a pessoa cair em malha fina ou se a restituição não sair nos lotes regulares, aquele empréstimo será convertido em um convencional, com taxas maiores.

A Fundação Procon-SP recomenda que os consumidores só contratem a antecipação se estiverem precisando do valor com grande urgência. Segundo o órgão de defesa do consumidor, também é preciso pesquisar e comparar se as taxas da antecipação são mais vantajosas que outras linhas de crédito e que o cliente avalie qual será o Custo Efetivo Total (CET) da operação, pois não é apenas o valor dos juros que determina se um empréstimo é mais vantajoso que outro. Além dos juros, as instituições financeiras cobram taxas e impostos para realizar este tipo de operação, como Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e taxas bancárias.

Segundo o Procon, o contrato deve ser lido e deve informar sobre os possíveis custos adicionais e juros que serão cobrados pelo período extra que demorar para sair a restituição do consumidor.

CONFIRA AS REGRAS

Banco do Brasil

A partir da próxima quinta-feira, correntistas com limite de crédito aprovado podem pedir o crédito, desde que tenham indicado na declaração de IRPF a conta do Banco do Brasil para recebimento do crédito da restituição.

As taxas de juros variam de acordo com o perfil e relacionamento do cliente com o banco, sendo a partir de 1,89% a.m. Segundo o BB, é possível antecipar até 100% do valor do crédito a ser restituído, limitado a R$ 20 mil. A contratação pode ser feita pelo aplicativo do banco, pelo site, terminais de autoatendimento e agências.

Itaú Unibanco

Desde terça-feira, os clientes do Itaú Unibanco que receberem a restituição de IR já podem contratar essas modalidades. As taxas de juros são a partir de 3,13%, e é possível antecipar um valor pré-aprovado ou até 100% do valor a restituir. Para clientes Varejo e Uniclass, esse empréstimo pode ser de R$ 200 a R$ 5.000. Para quem é Personnalité, o limite é de R$ 10 mil. Os canais para a contratação são aplicativo, internet banking, caixa eletrônico, telefone e agências.

Santander

A partir de quinta-feira, os correntistas poderão antecipar até 100% do valor a ser restituído. O pagamento é único na data da restituição, com taxas fixas que variam entre 1,99% a 4,36% ao mês. A Antecipação de IR pode ser contratada até 31 de outubro e o cliente deve indicar o Santander (código 033) como banco recebedor em sua Declaração de IR 2018. Com Informações do Jornal Extra

Ricardo de Freitas

Ricardo de Freitas não é apenas o CEO e Jornalista do Portal Jornal Contábil, mas também possui uma sólida trajetória como principal executivo e consultor de grandes empresas de software no Brasil. Sua experiência no setor de tecnologia, adquirida até 2013, o proporcionou uma visão estratégica sobre as necessidades e desafios das empresas. Ainda em 2010, demonstrou sua expertise em comunicação e negócios ao lançar com sucesso o livro "A Revolução de Marketing para Empresas de Contabilidade", uma obra que se tornou referência para o setor contábil em busca de novas abordagens de marketing e relacionamento com clientes. Sua liderança no Jornal Contábil, portanto, é enriquecida por uma compreensão multifacetada do mundo empresarial, unindo tecnologia, gestão e comunicação estratégica.

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