Preço dos celulares deve aumentar nos próximos meses

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Além da crise dos semicondutores – que já vinha afetando o preço de smartphones e outros dispositivos eletrônicos desde o início de 2020 – outro fator inesperado deve contribuir para o aumento no custo de uma série de tecnologias e, em especial, de celulares: o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Assim como o barril de petróleo e o potássio, o níquel, componente fundamental na fabricação de eletrônicos, foi um dos insumos que passou a tomar espaço nas preocupações causadas pela guerra no Leste Europeu. A tonelada do metal, que até então era vendida por U$ 25 mil, chegou a atingir, em março, o maior valor da história – U$ 100 mil ou, na cotação atual, R$ 466 mil.

Embora a cifra recorde tenha se mantido apenas por poucos minutos, o preço do material continua, consideravelmente, acima do valor anterior ao início do conflito. Se em 2021 o preço médio da tonelada de níquel rondava os U$ 18,5 mil, a mesma quantidade do metal já era negociada internacionalmente por cerca de U$ 37 mil no final de março deste ano.

Mesmo sem a guerra, o momento já era propício para uma alta no preço da commodity. Era esperado, desde o ano passado, que os preços do material subiriam ao longo do ano por conta da elevada demanda por baterias para veículos elétricos e parques geradores de energia solar ou eólica. A Goldman Sachs, grupo financeiro internacional, por exemplo, havia previsto um déficit global de 30 mil toneladas de níquel para 2022.

O estopim da guerra e as sanções à Rússia, no entanto, potencializaram as preocupações do mercado e o preço do mineral disparou em poucos dias. O motivo é simples: a Rússia é o país que mais exporta o metal no mundo e a MMC Norilsk Nickel, empresa sediada em Moscou, é a maior produtora de níquel com qualidade alta o suficiente para ser utilizado em baterias. Cerca de 15% a 20% da produção mundial vem da companhia russa.

É por isso que, ao longo do ano, podemos esperar uma alta considerável no preço de celulares e outros dispositivos eletrônicos. O níquel, além de fundamental na constituição de tecnologias que viabilizam processos de transição energética, é um insumo presente em inúmeros componentes de telefones celulares e computadores. Fios, microfones, placas de circuito, capacitores, revestimentos e, óbvio, as baterias, são apenas algumas das partes de smartphones que não poderiam ser feitas sem a utilização do metal. Enquanto o preço do insumo não voltar a cair, a tendência é que o custo de fabricação dos dispositivos acompanhe a alta da commodity e, por consequência, o valor final da maioria dos celulares também continue subindo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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