A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é considerado a inflação oficial do país, foi revisada para baixo.
De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (22), a estimativa para este ano é de 5,8%, em comparação com a projeção anterior de 6,03%.
O Boletim Focus é uma pesquisa realizada semanalmente que traz as expectativas das instituições financeiras em relação aos principais indicadores econômicos.
Para o ano de 2024, a projeção da inflação é de 4,13%. Já para 2025 e 2026, as previsões são de 4% para ambos os anos.
É importante ressaltar que a estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Ou seja, o limite inferior da meta é de 1,75% e o limite superior é de 4,75%. O Banco Central estima que há uma probabilidade de 83% de a inflação oficial ultrapassar o teto da meta em 2023.
A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta estabelecida, que é de 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em abril, o IPCA registrou uma taxa de 0,61%, influenciado pelo aumento dos preços de remédios, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse resultado é menor do que a taxa de março, que foi de 0,71%. Considerando os últimos 12 meses, o indicador acumula uma variação de 4,18%.
O Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, como seu principal instrumento para atingir a meta de inflação.
Atualmente, a Selic está estabelecida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Essa taxa tem sido mantida nesse nível desde agosto do ano passado, representando o maior patamar desde janeiro de 2017, quando também estava nesse mesmo valor.
De acordo com as expectativas do mercado financeiro, prevê-se que a Selic encerre o ano em 12,5% ao ano.
Para o final de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o final de 2025 e 2026, as projeções são de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom opta por elevar a taxa básica de juros, seu objetivo é conter a demanda aquecida, o que acaba impactando os preços, pois juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança.
Essa medida pode dificultar a expansão da economia, já que taxas mais altas podem desacelerar o crescimento.
No entanto, além da Selic, os bancos consideram outros fatores, como risco de inadimplência, lucratividade e despesas administrativas, ao determinar as taxas de juros cobradas dos consumidores.
Por outro lado, quando o Copom decide reduzir a Selic, espera-se que o crédito fique mais acessível, estimulando a produção e o consumo.
Isso tem o efeito de diminuir o controle sobre a inflação e incentivar a atividade econômica.
Leia Também: IPCA: Inflação Oficial Do País Ficou Em 0,71% Em Março
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira foi revisada de 1,02% para 1,2% este ano.
Para o ano de 2024, a expectativa é de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de 1,3%.
Já para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta uma expansão do PIB em 1,7% e 1,8%, respectivamente.
Quanto à cotação do dólar, a previsão é de que atinja R$ 5,15 até o final deste ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a moeda americana esteja em torno de R$ 5,20.
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