Pró-labore: saiba tudo sobre essa remuneração

Uma empresa, no seu cotidiano, é constituída por pessoas responsáveis pelo esforço de tocar o negócio e consolidar a marca no mercado. Não estamos falando apenas dos colaboradores, mas, principalmente, dos empreendedores por trás da ideia que iniciou tudo. Os sócios, muitas vezes, são os primeiros a chegarem e os últimos a saírem, movidos pela vontade de verem sua empresa decolar e alcançarem o tão desejado lucro.

Porém, não é desse valor que sai a remuneração dos proprietários do negócio: é fundamental para a saúde financeira da empresa estabelecer o pró-labore. Mas por que ele é tão importante e como pode ajudar a companhia a crescer? É o que você vai descobrir com o post de hoje.

Diferenças entre salário e pró-labore

O salário propriamente dito é mais reOs sócios também podem se valer da distribuição dos lucros e dos juros sobre o capital próprio. Porém, esses formatos de pagamento ocorrem com menor frequência durante o exercício empresarial, sendo necessário um meio menos burocrático para remunerar os idealizadores do negócio.

A importância de separar as finanças da empresa das suas finanças pessoais

A partir do momento em que você constitui sua empresa, ela se torna uma pessoa jurídica com direitos e deveres próprios. O fluxo de caixa gerado pelo seu negócio deve ser exclusivo para lidar com os gastos inerentes a sua atividade, ou seja, não é recomendado tirar dinheiro da sua empresa para pagar suas despesas pessoais. O pró-labore fornece uma solução mais acessível para essa lacuna, oficializando uma remuneração pelo trabalho do empresário, que pode ser direcionada a sua vida pessoal.lacionado à remuneração dada aos colaboradores da empresa, recebendo também a incidência de outros benefícios trabalhistas, como FGTS, 13º salário e férias. No caso do pró-labore, essa é uma remuneração exclusiva para os empresários, sem as incidências trabalhistas sobre o salário comum.

Como calcular o valor do pró-labore

Primeiramente, é preciso definir as funções que o sócio desempenhará no cotidiano da empresa. Depois, basta proceder com uma pesquisa no mercado de trabalho para analisar o quanto está sendo pago pelo trabalho nessas funções. Definido o valor, para que o pró-labore tenha validade jurídica e, também, para evitar conflitos entre os sócios, é ideal que ele esteja registrado em documento, como uma cláusula no contrato social da empresa, por exemplo.

Tributos que incidem sobre o pró-labore

Valores pagos a título de pró-labore sofrem incidência de dois tributos: INSS e IRRF. Para o INSS, basicamente, o sócio deve colaborar com 11%. No caso de empresas optantes do Simples Nacional, a contribuição limita-se a esse percentual do sócio, mas as empresas que estão sob a ótica do lucro presumido ou lucro real devem pagar um adicional de 20%.

Já o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) é o valor pago pelo sócio por imposto de renda e segue a mesma tabela direcionada aos empregados. Com essa carga de valores fiscais, é importante que seja pensada uma gestão tributária para definir se sua remuneração compensa via pró-labore ou distribuição de lucros, que são isentos de impostos.

Ricardo de Freitas

Ricardo de Freitas não é apenas o CEO e Jornalista do Portal Jornal Contábil, mas também possui uma sólida trajetória como principal executivo e consultor de grandes empresas de software no Brasil. Sua experiência no setor de tecnologia, adquirida até 2013, o proporcionou uma visão estratégica sobre as necessidades e desafios das empresas. Ainda em 2010, demonstrou sua expertise em comunicação e negócios ao lançar com sucesso o livro "A Revolução de Marketing para Empresas de Contabilidade", uma obra que se tornou referência para o setor contábil em busca de novas abordagens de marketing e relacionamento com clientes. Sua liderança no Jornal Contábil, portanto, é enriquecida por uma compreensão multifacetada do mundo empresarial, unindo tecnologia, gestão e comunicação estratégica.

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