Categories: ChamadasCLTINSS

Profissional autônomo pode obter benefícios do INSS?

Você que trabalha por conta própria passa por vários desafios todos os dias: organização do negócio, atendimento, finanças, impostos e muitos outros.

Dentre os deveres, está o pagamento da Previdência Social, que é obrigatório e garante a você a aposentadoria e os outros benefícios pagos pelo INSS.

Neste caso, é você mesmo que deve se cadastrar como autônomo, emitir as guias e fazer o pagamento do INSS.

O trabalhador autônomo é o profissional que pode prestar serviços para outras pessoas ou empresas por um tempo determinado, mas sem ter vínculo de emprego.

Todavia, se o  autônomo não pagar corretamente suas contribuições ao INSS e não comprovar que trabalhou como tal, pode ter prejuízos na hora de se aposentar. Entenda sobre o assunto no texto a seguir.

Leia também: Entenda A Diferença Entre O Profissional Liberal E O Profissional…

Qual valor o autônomo deve contribuir para o INSS?

Quanto o autônomo deve contribuir para o INSS varia conforme a renda e o serviço prestado. Veja:

  • Serviço prestado para uma empresa (PJ): o responsável pelo pagamento será da empresa;
  • Serviço prestado para pessoa física (“CPF”): na maior parte dos casos, será 20% do montante recebido no mês,
  • Para autônomos de baixa renda: 5% do salário mínimo, entretanto, somente terá direito à aposentadoria por idade e não terá direito à CTC (Certidão por Tempo de Contribuição);
  • Para autônomos no plano simplificado: 11% do salário mínimo, entretanto, somente terá direito à aposentadoria por idade e não terá direito à CTC.

Vale acrescentar que os autônomos no plano simplificado são apenas aqueles que não prestam serviços à empresas, somente às pessoas físicas.

Qual o valor mínimo de contribuição ao INSS?

O valor mínimo para o pagamento de autônomo para autônomos de baixa renda é 5% do salário mínimo, ficando em 2023 no valor de R$ 66 

Porém, nem todos autônomos podem pagar esse valor. Desse modo, o valor mínimo para autônomo que presta serviço somente para pessoas físicas, é 11% do salário mínimo, ou seja, R$145,20 em 2023. 

Por fim, os demais autônomos deverão pagar 20% sobre o valor que receberem no mês.

Como pagar o INSS por conta própria?

Para pagar o INSS por conta própria é preciso gerar uma Guia da Previdência Social (GPS), que funciona como um carnê mensal. A guia pode ser paga em algum banco que a pessoa tem convênio, casa lotérica e até pela internet, por meio dos aplicativos de bancos. 

Além disso, para saber se você fez as contribuições para o INSS, acesse o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e veja se o pagamento consta no sistema. Se não estiverem, você poderá quitar o débito, levando suas provas de contribuição para pagar e incluir o tempo que falta.

Qual a melhor forma de contribuir para o INSS como autônomo?

Isso vai variar conforme o tipo de serviço e receita que a pessoa tem. Se presta serviços para empresas, a empresa é responsável por contribuir para o INSS do autônomo. 

Se acaso for autônomo de baixa renda, deve pagar 5% do salário mínimo, e se for prestador de serviço exclusivamente para pessoa física, 11% do salário mínimo. Nos demais casos, deve pagar 20% do total que recebe.

Leia também: Tudo Sobre A Aposentadoria Do Profissional Autônomo

Quais os direitos do autônomo junto ao INSS?

Quem paga INSS como autônomo tem diferentes benefícios dependendo do seu caso. 

Se o pagamento for como autônomo de baixa renda, com o valor de R$ 66 terá direito a uma aposentadoria no valor de um salário mínimo, que atualmente é de R$1.320, e só tem direito à aposentadoria por idade. 

Da mesma forma, tem direito apenas à aposentadoria por idade autônomos que pagam 11% da remuneração, seja prestando serviço para uma empresa ou trabalhando por conta própria.

Já quem contribui com 20% do salário, até o teto do INSS, tem direito à aposentadoria tanto por idade, quanto por tempo de contribuição, regras de transição e certidão por tempo de contribuição.

Além disso, a contribuição como autônomo garante ao segurado o direito a praticamente todos os benefícios previdenciários, como:

  • Auxílio-doença;
  • Auxílio-Acidente;
  • Auxílio-reclusão
  • Salário maternidade;
  • Salário Família;
  • Reabilitação profissional;
  • Pensão por morte.
Ana Luzia Rodrigues

Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.

Recent Posts

Pagamentos do Bolsa Família chegam mais cedo em dezembro

Em novembro, mais de 18 milhões de famílias receberam o benefício

5 horas ago

Conselho de Contabilidade (CFC) define as anuidades para 2026

Confira os novos valores e descontos para profissionais da classe e empresas

6 horas ago

Reinvenção e Sobrevivência: O Plano B que Salvou 7 Gigantes Corporativas

Em um mundo de negócios que muda na velocidade da luz, a rigidez pode ser…

7 horas ago

Reforma Tributária dará adeus à EFD Contribuições em 2027

A descontinuação da EFD Contribuições será em 2027, ano em que entram em vigor a…

7 horas ago

Ex-coordenador do INSS é preso por determinação da CPMI

O ex-coordenador-geral de pagamentos e benefícios do INSS, Jucimar Fonseca da Silva, foi preso na…

7 horas ago

RAT: Empresas e Receita Federal se enfrentam por cobrança de adicional de aposentadoria especial

A contribuição varia de 6% a 12% sobre a remuneração de trabalhadores expostos a agentes…

9 horas ago