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Profut: Botafogo tem de reservar quase metade das receitas para pagar dívidas. São Paulo, apenas 1%. Consulte seu time
Os clubes que aderiram ao refinanciamento das dívidas com o Governo Federal, o Profut, terão de se programar para pagar as parcelas em dia. As facilidades são grandes, mas para alguns continuará sendo pesado arcar com os custos. A pedido do Blog, o Itau BBA fez um levantamento de quanto cada agremiação terá de dispor do orçamento para honrar o acordo.
O Botafogo é o que terá o maior compromisso. Se optar por pagar em 10 anos, quase metade (45%) das suas receitas deverão ser destinadas ao Governo Federal. Se escolher a segunda opção, 20 anos, terá de reservar cerca de um quarto de todo o dinheiro que entra nos cofres anualmente (26%). O São Paulo é entre os grandes o que terá a vida mais fácil neste período.
Traduzindo em valores, o alvinegro terá de separar R$ 45,2 milhões por ano, se optar por 10 anos de pagamento (ou 120 parcelas) ou R$ 26,6 milhões por ano, se optar por 20 anos (ou 240 parcelas). Ao fim da dívida, o clube terá pagado R$ 452 milhões ou R$ 638 milhões, dependendo do prazo que optar. Pense em quantos jogadores o clube poderia contratar por ano com este valor. A gestão de Carlos Eduardo Pereira não tem outra opção, se não, pagar. Caso deixe de honrar o acordo, o clube é excluído do refinanciamento e terá contas bloqueadas devido ao passivo com o Governo.
*Nota: após a publicação, o Botafogo respondeu ao blog que optou pelo parcelamento em 20 anos e que o pagamento está em dia. As condições, no entanto, podem ser revistas ao longo do processo.
Vasco, Fluminense e Flamengo estão, na ordem, na cola do Botafogo, com os maiores valores que deverão reservar para as dívidas anualmente.
Veja a lista:
(atenção para: os valores percentuais referem-se ao quanto o clube tem de separar da sua receita para pagar a dívida. O valor varia de acordo com o quanto cada clube arrecada. A dívida de um clube pode ser maior que outro, mas percentualmente pode ser menor em relação à receita)
O São Paulo é entre os grandes que aderiram o de vida mais fácil para o pagamento. Terá de reservar apenas 1% das receitas para as dívidas, cerca de R$ 4,3 milhões ( durante 10 anos) ou R$ 2,5 milhões por ano (durante 20 anos). No caso do Tricolor paulista, se quitar em 10 anos gastará R$ 43 milhões. Se pagar em duas décadas, R$ 60 milhões.
Como foi feito o parcelamento
Os clubes que optaram pelo programa terão um prazo de até 240 meses para parcelar suas dívidas. Os valores mensais terão desconto de 50% nos dois primeiros anos, 25% no terceiro e quarto anos, e 10% no quinto ano do parcelamento. Os descontos dados neste período, entretanto, entram no valor restante a ser pago.
Quem aderiu, recebeu 70% de descontos nas multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais.
Os clubes já estão pagando, no entanto, passados mais de dois meses do decreto que regulamentou a Autoridade Pública do Futebol (APFut), espécie de agência que vai regular o programa e o cumprimento das contrapartidas, os nomes ainda não foram definidos. A decisão depende do Ministério do Esporte e da Casa Civil.
*Notas: o Palmeiras não aderiu ao programa. Caso aderisse, teria de pagar nos valores descritos na tabela. Alguns clubes que entraram no programa não estão na tabela, pois faltam dados em balanços para analisar. ( Com ESPN Brasil)
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