Fique Sabendo

Projeto de lei na Câmara pode derrubar a “Taxa das Blusinhas”

Consumidores que buscam preços baixos em plataformas como Shein, Shopee, Temu e AliExpress podem ter uma surpresa positiva em breve. 

Um novo projeto de lei (PL) em tramitação na Câmara dos Deputados propõe o fim da chamada “taxa das blusinhas”, revendo a tributação federal que encareceu as compras internacionais de baixo valor. O tema será debatido em uma audiência pública nesta terça-feira (28).

Se aprovada, a mudança significaria o retorno da isenção do Imposto de Importação (federal) para remessas de até US$ 50, beneficiando milhões de brasileiros.

Leia também:

O que é a ‘Taxa das Blusinhas’ e como funciona hoje?

O termo “taxa das blusinhas” popularizou-se por atingir principalmente vestuário e pequenos eletrônicos, mas refere-se, na prática, ao regime de tributação simplificada aplicado a qualquer compra internacional de até US$ 50, dentro do programa Remessa Conforme.

O regime atual, em vigor desde agosto de 2024, alterou radicalmente os custos para o consumidor:

Valor da Compra (Produto + Frete)Imposto Federal de ImportaçãoICMS (Estadual)
Até US$ 5020% sobre o valor+ ICMS (geralmente 17%)
Acima de US$ 5060% sobre o valor (com desconto fixo de US$ 20)+ ICMS (geralmente 17%)

Atualmente, todas essas taxas são calculadas e cobradas automaticamente no momento do checkout pela própria plataforma, eliminando a surpresa de ter o produto retido na alfândega.

O que muda se a isenção voltar?

A proposta em discussão visa derrubar a alíquota federal de 20% para o limite de US$ 50. Para o consumidor, isso resultaria em:

  • Preços Reduzidos: Compras até US$ 50 deixariam de pagar o Imposto de Importação, resultando em uma redução de aproximadamente 20% no preço final. O comprador pagaria apenas o ICMS (imposto estadual), que já está incluso no valor do pedido.
  • Mais Opções: O retorno aos preços mais competitivos deve estimular novamente o comércio internacional, dando ao consumidor acesso a uma maior variedade de itens de baixo custo.

Pressão no Congresso

O tema é complexo e polariza o debate econômico. De um lado, consumidores defendem o acesso a preços mais baixos; do outro, o varejo nacional — que paga impostos internos mais altos — argumenta que a isenção gera concorrência desleal. Especialistas, contudo, apontam que o principal problema do encarecimento interno está na alta tributação sobre os produtos fabricados no Brasil.

O futuro das “comprinhas” depende agora da análise do Congresso e da mobilização dos setores envolvidos.

Curso e-Simples:

Curso de Recuperação do Simples Nacional. 

Aprenda a recuperar o PIS e Cofins de 60 meses em até 3 dias! 

Acesse: https://www.esimplesauditoria.com/curso-de-recuperacao-do-simples-nacional 

Ana Luzia Rodrigues

Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.

Recent Posts

INSS dá início aos pagamentos de benefícios de outubro. Confira!

Cronograma do INSS para outubro de 2025 organiza pagamentos de benefícios pela numeração final

2 horas ago

RAIS e eSocial: sua empresa está em dia?

A principal mudança nos últimos anos tem sido a substituição da RAIS pelo eSocial

2 horas ago

O que Muda para as Criptomoedas em 2026 com a Reforma Tributária?

O mercado de criptoativos, que floresceu por anos em um regime tributário que beneficiava o…

3 horas ago

A tributação de dividendos remetidos ao exterior: o que muda com o novo projeto de lei

Por Sérgio Brotto, CEO da Dascam Corretora de Câmbio Com a aprovação, pela Câmara dos…

3 horas ago

Influenciador com 15 milhões de seguidores é preso por lavagem de dinheiro com criptomoedas e apostas

A prisão do influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, com 15 milhões de…

4 horas ago

DEFIS pode gerar multa. Fisco passa a punir atraso e erros na declaração

A Defis substituiu a DASN e foi instituída para que as empresas comuniquem à Receita…

4 horas ago