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Economia

Projeto do Drex passará por mudanças e adiará uso de tecnologia DLT

O Drex, será lançado em 2026 em uma versão simplificada, sem tokenização e sem a tecnologia blockchain.

Autor: Ana Luzia Rodrigues

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Projeto do Drex passará por mudanças e adiará uso de tecnologia DLT

O projeto do Drex, a moeda digital do Banco Central (BC), sofrerá uma guinada significativa. Na próxima fase, a iniciativa abandonará o uso de tecnologia de registro distribuído (DLT) para acelerar sua entrega ao público, prevista para 2026. A versão inicial será simplificada e não terá tokenização.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o coordenador do Drex no BC, Fabio Araujo, explicou que o projeto agora terá dois horizontes temporais. O primeiro, de curto prazo, busca disponibilizar uma solução sem a rede descentralizada. O segundo será dedicado a amadurecer a tecnologia DLT.

A primeira entrega, prevista para o segundo semestre de 2026, focará na reconciliação de gravames para a garantia de crédito. Araujo exemplifica a utilidade da solução: “Eu tenho um ativo, ele me pertence, mas eu dei em garantia para uma transação. Isso é difícil de fazer hoje, porque normalmente eu tenho um ativo que está registrado na corretora, e agora eu vou pegar um empréstimo em um banco”. 

A nova ferramenta permitirá que os diferentes sistemas envolvidos se comuniquem para que esses ativos sejam usados como garantia de forma mais eficiente.

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A decisão de adiar o uso da DLT Hyperledger Besu, a tecnologia escolhida inicialmente, se deve às dificuldades de desenvolvimento e implementação em curto prazo. Um dos maiores obstáculos encontrados foi a implementação de uma solução de privacidade dentro da Hyperledger que não comprometesse a programabilidade do sistema.

Segundo Araujo, as soluções de privacidade disponíveis hoje são promissoras, mas ainda precisam de adaptação para se tornarem a base de um novo sistema financeiro. O BC ainda não divulgou qual tecnologia será usada para a reconciliação de gravames nesta primeira fase, e a notícia pegou de surpresa até mesmo os participantes dos consórcios que testavam a solução.

O BC, que recebeu os relatórios de testes dos 16 consórcios no final de julho, entregará um relatório abrangente sobre a segunda fase do Drex em outubro. 

A expectativa é que a terceira fase, focada na colateralização de crédito, comece ainda este ano. A estratégia de entregas escalonadas, segundo Araujo, é inspirada na agenda evolutiva do Pix.

Com informações do Valor Econômico

Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.

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