Todo ano, os brasileiros precisam acertar suas contas com o Imposto de Renda. Neste ano de 2025, o prazo de entrega já começou no último dia 17 de março e segue até o dia 30 de maio.
Neste ano, a Receita Federal espera receber 46,2 milhões de declarações de imposto de renda, ante 43,2 milhões entregues no ano passado.
Muita gente se adianta e presta contas ao Leão logo nos primeiros dias do prazo, para se livrar logo da obrigação e não acabar esquecendo. Todavia, é sempre no fim do prazo que se concentra o grosso dos envios das declarações.
Mas algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre a relação entre o prazo e o dinheiro a receber. Então, é melhor mandar a declaração no início, no fim do prazo? Ou tanto faz? Quais as vantagens de entregar logo?
Acompanhe a leitura abaixo e vamos explicar.
Sim, entregar a declaração de IR cedo tem suas vantagens. É que a ordem de pagamento das restituições respeita a ordem de processamento das declarações — o que, por sua vez, segue a ordem de entrega do documento à Receita Federal.
Assim, quanto antes você transmitir a sua declaração de IR ao Fisco, mais cedo você vai receber a sua restituição. Neste ano, as restituições serão novamente pagas em cinco lotes mensais, de março a setembro, sendo o primeiro deles quase integralmente destinado às prioridades definidas por Lei: idosos (com prioridade para os maiores de 80 anos), pessoas com deficiência e doenças graves e professores.
Se você não se enquadrar em nenhum desses grupos, mas correr para entregar sua declaração de IR logo nas primeiras semanas de março, é provável que receba sua restituição já no segundo lote, em junho.
Além de declarar cedo, outra maneira de “furar a fila” para receber a restituição é utilizar a declaração pré-preenchida e/ou aceitar receber o pagamento via Pix, desde que a sua chave seja o seu CPF.
Contribuintes que fizerem essas escolhas terão prioridade no recebimento logo depois das prioridades legais, caso não se enquadrem nelas.
E a partir deste ano, quem optar pela pré-preenchida e pelo recebimento por Pix simultaneamente terá prioridade sobre quem optar por apenas uma dessas facilidades.
Assim, a melhor forma de antecipar ao máximo a sua restituição, principalmente para quem não faz parte do grupo das prioridades definidas por Lei, é lançar mão das duas estratégias.
Caso você precise pagar algum tributo, entregar a declaração com antecedência ajuda no planejamento financeiro, pois você prevê os gastos com o imposto com uma certa antecedência.
Além disso, ao entregar a declaração de imposto de renda antes, é possível mandar uma declaração retificadora dentro do prazo, para corrigir problemas que você só identificou depois de mandar a declaração.
Outra vantagem de entregar mais cedo é com relação ao próprio site da Receita. Com a decisão de fazer a declaração antes do prazo final, o contribuinte evita possíveis problemas no site da Receita Federal nos dias finais.
O site tende a congestionar pelo alto número de acessos ao mesmo tempo. Ao longo do tempo, a força do congestionamento está diminuindo, mesmo assim é importante evitar os últimos dias e acabar não conseguindo enviar a declaração.
Deixar para fazer a declaração depois do prazo acarreta em multa. O contribuinte está sujeito à multa de 1% a 20% sobre o total do imposto devido. O valor mínimo da multa é de R$ 165,74.
Sim. Para quem entrega a declaração mais tarde ou já no fim do prazo tem uma leve vantagem, por assim dizer. É que o dinheiro da restituição será corrigido pela taxa Selic.
Com a Selic nos dois dígitos, ganhar essa rentabilidade líquida ficou bem interessante. Atualmente, a taxa básica se encontra em 14,25% ao ano, e ainda deve subir mais. Os economistas de mercado esperam que os juros terminem este ano em 15,00%.
Assim, quem deixar para entregar a declaração de IR 2025 nas últimas semanas de maio provavelmente será restituído apenas em setembro, no último lote, recebendo um rendimento de 1% mais a variação da Selic de maio a agosto sobre o valor da restituição.
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