Chamadas
Quando o preço dos carros vão voltar ao normal?
O ano de 2021 foi um marco para o mercado automobilístico no país, marco este relacionado a enorme alta no preço dos carros novos, seminovos e usados, assim como no recorde de vendas que a título de comparação, até o mês de agosto representou uma alta de 48,8% frente ao mesmo período de 2020, considerado um dos mais fracos do setor devido à pandemia.
Assim, encontramos dois cenários para uma mesma história, como a grande alta no preço dos veículos, bem como a alta no número de vendas. O cenário que parece não fazer tanto sentido tem algumas explicações, sendo o principal delas a demanda reprimida.
A demanda reprimida de modo geral ocorre quando o consumidor almeja adquirir um produto, contudo, devido à falta de dinheiro/crédito ou algum fator externo como ocorreu no ano passado com a pandemia, bem como a oferta reduzida impede que o consumidor consiga adquirir o produto.
Ainda podemos citar o período de isolamento global em decorrência da pandemia onde as indústrias tiveram que parar sua produção, o que também ocasionou no atraso da entrega de produtos e a falta de insumos necessários para a produção de peças e fabricação dos automóveis.
Também temos por consequência a alta do dólar, o aumento da inflação no país, o aumento da taxa Selic assim como a desvalorização do real e o encarecimento de peças e insumos o que também somam para a alta nos preços dos automóveis.
Já no cenário de veículos usados e seminovos, sem carro zero para ser entregue, o público começou a consumir mais esses produtos que já estavam em estoque, o que com a grande demanda no mercado, acabou encarecendo os produtos disponíveis.
Mas afinal, quando o preço dos veículos vão voltar ao normal?
De acordo com declaração de Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) ainda não há uma previsão de quando haverá alívio no preço dos carros ao consumidor.
O valor dos veículos vem subindo gradativamente desde o início da pandemia. Atualmente encontramos carros compactos na faixa de R$ 100 mil. Segundo Moraes, alguns pontos como a alta do dólar, a desvalorização do real, assim como o aumento de matérias como borracha, resinas e aço, contribuem para a alta.
Logo, existe uma cadeia de fatores que contribuem para a alta no preço dos automóveis, o que dificulta uma previsão mercadológica para a redução ou normalidade no preço dos veículos. “Em termos de custos, não vejo em pouco tempo uma alteração estrutural que permita redução nos valores finais. Talvez, baixe apenas na metade do ano que vem”, declarou Luiz Carlos Moraes.
O presidente da Anfavea em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, declarou que provavelmente os valores cobrados podem começar a ter uma baixa apenas a partir do segundo semestre de 2022. Além disso, Luiz Carlos de Moraes conta que uma possível solução para o problema deve ser encontrada pelas montadoras, como ações de marketing.
“Se não tivermos (um País mais competitivo), podemos perder novos investimentos. Isso (a competitividade) é muito importante para o setor automotivo, até porque queremos exportar mais. Isso acaba melhorando toda a cadeia produtiva nacional. Inclusive, gera empregos para o País”, declarou o presidente da Anfavea.
Ainda é preciso considerar que o ano que vem é um ano eleitoral, ou seja, o governo deverá ou pelo menos deveria se empenhar em criar condições adequadas para o mercado real, como, por exemplo, uma valorização do real frente ao dólar.
Por fim, apesar de incerta a previsão de normalidade no preço dos automóveis no país, é preciso estar ciente que o cenário onde era possível encontrar veículos mais básicos zero km custando R$ 40 mil não deve voltar.
-
Reforma Tributária4 dias agoReforma: Nota Técnica traz mudanças em relação a locação de imóveis na NFS-e
-
Contabilidade4 dias agoNovo módulo da Receita Federal muda regras para abertura de empresas a partir de dezembro
-
Imposto de Renda4 dias agoReceita paga HOJE lote de restituição do IR com mais de R$ 490 milhões
-
MEI4 dias agoPlano de saúde para MEI em São Paulo: como usar seu CNPJ para pagar menos?
-
CLT5 dias agoQuais as consequências na recusa em cumprir aviso prévio?
-
Reforma Tributária4 dias agoO fim da guerra fiscal: por que o mapa competitivo das empresas vai mudar nos próximos anos
-
INSS3 dias agoVocê conhece o auxílio-acidente e como fazer seu cálculo? Veja aqui!
-
CLT4 dias agoMTE inicia a cobrança das empresas que não estão declarando ou recolhendo as prestações de empréstimo consignado

Receba nossas notícias pelo WhatsApp em primeira mão.