Quanto pode render o prêmio da Mega-Sena da Virada?

Quem é que nunca sonhou em ser um milionário? A Mega da Virada aguça ainda mais este desejo nos brasileiros. O prêmio da edição deste ano está estimado em R$ 350 milhões, ou seja, R$ 25 milhões a mais do que a edição de 2020. Ganhar a bolada não é nada fácil. As chances de vitória são bem pequenas: uma em 50 milhões. Mas, caso a sorte acerte você, saber o que fazer com o dinheiro é fundamental, não é mesmo?

O mercado financeiro mostra que o montante de R$ 350 milhões rende em aplicações como poupança, Tesouro Selic e fundos DI.  Quer saber como fazer esse dinheiro multiplicar? Acompanhe.

Poupança ainda é um bom investimento?

 A caderneta de poupança não é considerada um bom investimento. Isso porque a rentabilidade costuma ser baixa frente a outras opções. No entanto, como ela é a mais popular entre os brasileiros, vale mencionar como curiosidade.

A rentabilidade da caderneta é de 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial). Isso significa que a aplicação de R$ 350 milhões renderá R$ 1,75 milhão por mês ao ganhador da Mega da Virada. Em 17 anos, a pessoa chegaria ao primeiro bilhão. Contudo, há como fazer esse tempo cair com outros investimentos. 

Se aplicado o montante em CDB, por exemplo, o tempo já cai para 12 anos. Em um fundo exclusivo de investimentos, em que o gestor vai ter a meta de buscar 1% de rentabilidade ao mês, o tempo cai para oito anos. Basicamente metade do tempo para a poupança. O CDB atualmente rende por volta de 9,25% ao ano. No mês, são 0,7% de rentabilidade.

Tesouro Selic e fundos DI rendem mais

 O Tesouro Selic é uma boa alternativa para reserva de emergência, já que é considerado uma forma de investimento segura. E, em comparação com a poupança, é mais vantajoso.

Enquanto a poupança rende 0,5% ao mês, o Tesouro Selic e os fundos DI rendem mais: em torno de 9,25% ao ano —ou 0,74% ao mês. No entanto, ambos pagam Imposto de Renda —algo que não acontece na caderneta de poupança. Com R$ 350 milhões para investir em Tesouro Selic ou Fundos DI, o rendimento mensal bruto seria de R$ 2,59 milhões mensais; o líquido seria de R$ 2,01 milhões considerando um imposto de 22,5%.

Em Fundos DI, há um problema extra: o chamado “come-cotas”. Todo fundo de investimento de renda fixa e a maioria dos fundos multimercados utilizam o come-cotas para antecipar o pagamento de impostos. Normalmente, só se paga imposto quando se faz o resgate. Mas, com esse instrumento, há essa cobrança a cada seis meses, nos últimos dias úteis de maio e novembro, quando se desconta do rendimento que o investidor teve. A depender do fundo que a pessoa escolher, vai mudar o valor da cota.

Diversificar é importante

Você há de concordar que deixar todo o montante em um tipo só de investimento —seja poupança ou Tesouro Selic— não é uma boa estratégia. O ideal, portanto, é diversificar. 

Isso porque diversificar traz a segurança de que o patrimônio vai ser preservado. Independentemente do perfil da pessoa, cabe diversificação em renda variável (ações por exemplo), fundo multimercado e investimento internacional. 

O que muda é o percentual. Para quem é mais conservador, a renda fixa é algo em torno de 80%; para os mais agressivos, a renda fixa fica em torno de 50%. Se você não entende muito sobre o assunto é importante procurar uma assessoria especializada para investimentos a fim de fazer com que seu investimento dê frutos. 

Os gestores de investimentos são os  profissionais mais adequados, pois vão montar uma carteira diversificada. A pessoa tem de escolher vários investimentos, de acordo com seu perfil. Isso porque um profissional consegue olhar os detalhes, mostrar o melhor caminho a ser seguido e a forma mais qualificada. 

Por isso, se você se tornar o próximo milionário da mega-sena, procure um profissional ou uma pessoa que tenha conhecimento na área financeira para lhe ajudar a fazer o dinheiro render e não ter com que se preocupar no futuro.

Ana Luzia Rodrigues

Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.

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