Pesquisa da Robert Half revela que 53% das empresas brasileiras contratarão novos talentos para a reforma tributária.
A Reforma Tributária vem sendo discutida há anos e agora, com a aprovação da regulamentação inicial, os impactos começam a ficar mais claros. Mas, uma das maiores preocupações de quem mora de aluguel é: os preços vão subir? Especialistas do setor imobiliário acreditam que sim, mas há muitos fatores envolvidos nessa equação.
Atualmente, o setor imobiliário opera sob um regime tributário específico, que permite uma carga de impostos relativamente mais baixa. Com a Reforma Tributária, a tributação sobre imóveis será ajustada para se encaixar no novo modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA).
Mas o que isso significa na prática?
Segundo especialistas, mesmo com redutores na carga tributária, o custo final ainda deve ser mais alto do que o atual, o que pode afetar tanto os proprietários de imóveis quanto os inquilinos.
Essa é a grande pergunta e, apesar das incertezas, muitos representantes do setor acreditam que sim. Mas, por quê?
Atualmente, a carga tributária sobre imóveis gira em torno de 6,4% a 8%, dependendo do estado e da operação. Com a Reforma, esse valor pode subir para 12% ou até mais, conforme estimativas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O presidente da CBIC, Renato Correia, aponta que a alta pode chegar a 50% na carga tributária sobre o setor, mesmo considerando os descontos oferecidos na regulamentação. Já no caso dos aluguéis, a estimativa é ainda mais preocupante: aumento de 136% nos tributos sobre locação.
Se o imposto sobe, o custo de manter um imóvel para aluguel também aumenta. E como consequência, os proprietários podem repassar esse valor aos inquilinos.
Enquanto o setor imobiliário alerta para os impactos negativos da nova tributação, o Ministério da Fazenda garante que os preços dos aluguéis não devem subir. Segundo o governo, a reforma foi pensada para tornar o sistema mais eficiente e não aumentar a carga tributária sobre a população.
Mas, segundo representantes do setor, os cálculos mostram que os custos efetivos para proprietários e incorporadoras devem subir, o que pode restringir a oferta de imóveis e, consequentemente, elevar os preços dos aluguéis.
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Além dos aluguéis, a reforma também pode afetar a construção e compra de imóveis. Isso porque:
O setor imobiliário defende que o mercado de imóveis continue com um regime tributário próprio, ao invés de se enquadrar no novo modelo geral do IVA. Caso isso aconteça, há chances de que o impacto nos aluguéis e preços de imóveis seja reduzido.
O Senado ainda deve revisar pontos da regulamentação e pode incluir ajustes para que o setor não seja tão afetado. Mas, por enquanto, não há garantias de que as mudanças previstas não vão resultar em aumentos para os inquilinos e compradores de imóveis.
A Reforma Tributária promete simplificar os tributos, mas o impacto no setor imobiliário pode ser significativo. Ainda há muitas dúvidas sobre como os novos impostos vão funcionar na prática, mas os cálculos iniciais indicam que os custos do aluguel e dos imóveis podem aumentar.
O mercado está atento, e o Senado ainda pode fazer ajustes. Mas, para quem mora de aluguel, vale acompanhar o assunto de perto e, se possível, negociar contratos de longo prazo para evitar aumentos repentinos. Afinal, toda mudança tributária gera incerteza, mas também pode trazer oportunidades – e o setor imobiliário está se movimentando para encontrar soluções.
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