Reforma Tributária

Reforma tributária trará nova lógica de responsabilidade compartilhada entre empresas, alerta CEO da RSM

A partir de 2026, o Brasil começará a sentir os primeiros efeitos práticos da reforma tributária — uma mudança que vai muito além da simplificação de impostos. Com a introdução do recolhimento automático de tributos na origem, diretamente nas transações de compra e venda, toda a lógica da cadeia produtiva será transformada. As empresas passam a ter responsabilidade compartilhada sobre a conformidade de seus fornecedores, tornando-se também fiscalizadoras umas das outras.
 

Segundo o CEO da RSM, 6ª maior auditoria do mundo, Laércio Soto, o impacto será muito mais profundo do que se imagina. “Estamos diante de uma reforma empresarial. Ela redefine a forma como empresas operam, se relacionam e competem. Sobreviverão apenas as organizações mais preparadas, adaptáveis e transparentes. Trata-se de um verdadeiro Darwinismo empresarial“, resume Soto em referência à teoria da evolução das espécies de Charles Darwin, indicando que as empresas que não se adaptarem às novas regras e não modernizarem seus processos e sistemas serão naturalmente excluídas do mercado.
 

O desafio é grande: estima-se que metade dos contadores brasileiros ainda não estejam preparados para lidar com as novas exigências. Isso pode gerar perda de créditos tributários, erros em cálculos e até penalidades legais.
 

Por outro lado, Soto destaca que o novo modelo traz oportunidades de modernização e eficiência. “A reforma impulsiona a digitalização de processos, o aprimoramento de controles internos e o uso de tecnologias para maior precisão e transparência”.
 

Segundo o executivo, o momento exige visão estratégica e senso de urgência. “Adaptar-se não é apenas uma obrigação legal, mas uma questão de sobrevivência empresarial. No novo ecossistema tributário brasileiro, prosperarão aquelas que entenderem que evoluir é o único caminho para continuar existindo”, conclui.
 

Sobre a RSM 

A RSM é o fornecedor líder de serviços profissionais para o middle market. Como a sexta maior organização mundial de firmas independentes de auditoria, fiscal e consultoria, a RSM opera em 120 países, através de 900 escritórios, com mais de 65 mil pessoas mundialmente. A receita da organização global é de US$ 10 bilhões. Como uma equipe integrada, a RSM compartilha habilidades, conhecimentos e recursos, bem como uma abordagem centrada no cliente que se baseia em um profundo conhecimento dos negócios de seus clientes. É assim que a RSM cumpre seu propósito de infundir confiança em um mundo em mudança, capacitando seus clientes e pessoas para desenvolver todo o seu potencial.
 

A RSM é membro do Fórum de Firmas, com o objetivo compartilhado de promover padrões consistentes e de alta qualidade de práticas financeiras e de auditoria em todo o mundo. RSM é a marca utilizada por um grupo de firmas independentes de contabilidade e consultoria, cada uma das quais exerce em seu próprio direito. A RSM International Limited não presta serviços de contabilidade e consultoria. As empresas membro são impulsionadas por uma visão comum de fornecer serviços profissionais de alta qualidade, tanto em seus mercados nacionais como ao atender às necessidades internacionais de serviços profissionais de sua base de clientes.

Carlos Eduardo

Faço parte da equipe de redação e publisher do Jornal Contábil, ajudando na produção e publicação de matérias e notícias para manter os leitores bem informados sobre concursos, legislação e temas do dia a dia.

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