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O aumento no número de vacinados não é um aspecto importante apenas para a saúde do brasileiro, mas também para o bolso. Com a diminuição das restrições impostas para o combate à pandemia, os próximos meses têm tudo para proporcionar o tão esperado aquecimento da economia.
Quem enxerga esse futuro é o próprio Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que revisou de 3% para 4,8% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2021.
Nesse cenário, o que também cresce é a expectativa para voltar ao mercado de trabalho, porém, nesse quesito, é preciso planejar bem os próximos passos.
Quem perdeu o emprego durante a pandemia, nem sempre consegue encontrar vagas com a mesma descrição do cargo anterior. Nessas horas, uma estratégia possível é apostar em uma regressão de carreira, ou seja, assumir posições menos elevadas do que a desejada.
“Infelizmente, a gente não costuma pensar na regressão. Nosso pensamento é sempre direcionado ao impulsionamento e à evolução. Então, é normal essa situação causar um certo estranhamento”, relata o coach especialista em vida, carreira e negócios, Paulo Paiva.
“A gente precisa tirar um pouco a questão da vaidade e do ego. Na situação global em que estamos vivendo, não há demérito nenhum nessa situação, principalmente para voltar ao mercado de trabalho.”
Quando a proposta surge, nasce também aquela dúvida na cabeça do candidato. Será que aceitar é a melhor opção, ou vale a pena esperar um pouco mais para buscar um cargo compatível com a expectativa?
Apesar de parecer uma questão complexa, a resposta é bem mais simples: é preciso avaliar a saúde financeira.
“A pergunta que eu faço é quanto tempo a pessoa aguenta fora do mercado”, explica o consultor.
“Dependendo da resposta, eu posso até abrir novas opções. Às vezes, é melhor investir em um curso antes de se lançar novamente às entrevistas, optando por uma especialização. Mas tudo isso depende desse controle financeiro. Quando a margem é menor, o recomendado pode ser aceitar um cargo abaixo do escolhido para manter as contas em dia.”
Outra preocupação pode surgir em relação ao currículo. Muitos candidatos têm medo de aceitar uma oferta inferior ao objetivo com receio de como isso pode ser visto em uma futura entrevista de emprego.
A melhor alternativa é jogar limpo e falar a verdade durante a entrevista. Segundo o especialista, justificar a regressão de carreira como uma adaptação às circunstâncias não costuma ser encarado como algo negativo, mas até como uma prova de resiliência.
Se para o funcionário aceitar um cargo de menor expressão pode ser uma alternativa para retomada da carreira, para a empresa, a contratação de um colaborador com as qualificações acima do necessário para a função também pode trazer benefícios.
“O departamento de recursos humanos tem que entender que essa pessoa tem um capital intelectual e uma gestão do conhecimento acima da posição ocupada. Isso provavelmente significa uma ótima contribuição nesse sentido, mas, na hora em que surgir uma oportunidade de equilíbrio, o profissional deve aceitar”, avisa Paulo Paiva.
“Minha recomendação é, na impossibilidade de reter o profissional, procurar extrair o máximo desse conhecimento para o desenvolvimento da equipe.”
É importante ressaltar que essa relação entre colaborador e empresa precisa de compreensão de ambos os lados. Para a instituição, é necessário entender que, na maioria das vezes, o tempo de permanência do funcionário seja menor do que a média.
Por outro lado, cabe ao contratado também fazer uma nova leitura do cenário, onde, provavelmente, o trabalho deverá ser mais operacional e menos estratégico. Desse modo, essa relação tem tudo para ser benéfica para ambos os lados.
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