Como calcular o desconto do INSS 2024
Considerando sua importância, existe uma grande busca sobre como calcular o desconto do INSS, mas as faixas de contribuição foram atualizadas em 2024, conheça-as agora.
O desconto do INSS, o Instituto Nacional do Seguro Social, é a contribuição do trabalhador para garantir direitos como o pagamento da aposentadoria e dos principais benefícios oferecidos pela Previdência Social, com exceção apenas dos funcionários públicos.
A principal vantagem da contribuição é poder ter a garantia de um benefício mensal após determinadas condições que podem envolver tempo de trabalho ou até mesmo serem consequências de algum acidente no trabalho. Em outras palavras, é através do INSS que o trabalhador pode garantir seus direitos em momentos específicos, tais como licença maternidade, seguro desemprego e aposentadoria
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Essa contribuição ocorre através do redirecionamento automático de uma porcentagem do salário do trabalhador, o famoso desconto do INSS; e para entender como calcular este desconto, primeiro é preciso ter em mente que existem diversas variações a serem consideradas.
A contribuição também pode ser realizada voluntariamente por qualquer pessoa e também é obrigatória para profissionais autônomos e empreendedores, desde que atendam condições específicas.
Desde janeiro de 2024, são aplicadas políticas de alíquotas similares a 2022, conforme podemos verificar abaixo.
Salário de Contribuição (R$) | Alíquota (%) | Parcela a Deduzir |
até R$ 1.412,00 | 7,5 % | – |
de R$ 1.412,01 até R$ 2.666,68 | 9,0 % | 21,18 |
de R$ 2.666,69 até R$ 4.000,03 | 12,0 % | 101,18 |
de R$ 4.000,04 até R$ 7.786,02 | 14,0 % | 181,18 |
Os percentuais foram alterados em 2019, com a reforma da Previdência, tendo as faixas de contribuição ajustadas anualmente, seguindo a atualização do salário mínimo, que passou a ser de R$ 1.412,00 a partir de 01.01.2024.
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O desconto do INSS sobre o salário varia entre 7,5% a 14% para os empregados CLT e de acordo com o total de salário e outras fontes de renda do contribuinte, com a porcentagem progressiva, ou seja, quanto maior o salário do profissional, mais ele terá que pagar para usufruir dos benefícios da previdência, limitado ao teto de salário de contribuição que também foi atualizado em 2024 para R$7.786,02.
Essas variações de porcentagem são separadas em ao menos 4 faixas salariais e o cálculo é realizado de forma progressiva, multiplicando apenas o montante de cada faixa pela alíquota correspondente.
As alíquotas são de 7,5% para aqueles que ganham até R$ 1.412,00; de 9% para quem ganha entre R$ 1.412,01 até R$ 2.666,68; de 12% para os que ganham entre R$ 2.666,69 até R$ 4.000,03; e de 14% para quem ganha de R$ 4.000,04 até R$ 7.786,02.
A nova forma de calcular, aplicada desde 2020, trouxe uma redução, em geral, no valor descontado do INSS do trabalhador, quando comparado com a forma utilizada em 2019 e também nos anos anteriores, que apenas calculava o percentual da faixa sobre o valor inteiro do salário, sem separá-lo por faixas.
Utilizando como exemplo o salário de R$ 3.000,00, até 2019 apenas seria calculado diretamente 11% (que anteriormente era o percentual da terceira faixa), resultando em um desconto de R$ 330,00.
Utilizando como exemplo o salário de R$ 3.000,00, em 2024, veja como calcular o INSS e como fica o desconto INSS fica assim:
Caso o profissional não seja contribuinte ainda, mas busque alternativas para colher alguns benefícios de longo prazo, existe a possibilidade de pensar sobre a contratação de uma empresa de consultoria em cálculos previdenciários que possam auxiliar a planejar o quanto contribuir mensalmente para obter o melhor benefício possível no futuro.
Uma outra opção é a contratação de um seguro de previdência privada, ou simplesmente previdência privada, para garantir que o profissional possa desfrutar dos benefícios desse tipo de seguro sem depender exclusivamente da Previdência Social.
O desconto ocorre a partir do empregador, que através das suas obrigações acessórias informa à Previdência Social todos os dados do empregado, vinculando o desconto do salário à guia de INSS paga mensalmente através do seu CNPJ em nome de seu funcionário. É a transmissão destas obrigações acessórias que comprovam e garante todos os direitos do trabalhador junto à Previdência.
Caso você tenha conta corrente na Caixa Econômica Federal, poderá acompanhar mensalmente o crédito, tanto do INSS quanto do FGTS, ao seu PIS, conforme a sua empresa estiver recolhendo corretamente os impostos descontados do seu salário.
Portanto o processo requer tanto a contribuição do funcionário quanto da empresa, e os benefícios garantidos ao trabalhador são:
Caso a contribuição não seja devidamente realizada pelo empregador, o trabalhador poderá recorrer judicialmente e garantir os seus direitos na comprovação de vínculo empregatício.
O INSS é descontado da folha de pagamento do trabalhador, sendo o valor descontado diretamente do salário do funcionário, antes de ele receber o valor líquido.
O desconto é feito de maneira progressiva, mensalmente, e o valor é direcionado pelo próprio empregador para a Previdência Social, mas os valores variam de acordo com o salário bruto de cada profissional.
Já no caso do INSS autônomos, o pagamento será descontado do pagamento quando a contratação for realizada por uma empresa, através do Recibo de Pagamento Autônomo – RPA – ou deve ser realizado de maneira independente quando o profissional atuar com serviços diretamente a pessoas físicas, respeitando os valores proporcionais ao faturamento e plano escolhido durante o cadastro para definir as taxas de aposentadoria ou auxílio no futuro.
É preciso lembrar que também há recolhimento do INSS para pessoas jurídicas, chamado de INSS patronal.
O salário de todo profissional contratado via CLT passa por uma série de cálculos até ser pago ao funcionário, pois existem descontos legais que ocorrem no processo.
Um dos primeiros descontos a ser realizado, deve ser o do INSS, o qual precisa seguir os números informados neste artigo previamente, podendo variar entre 7,5% e 14%.
Em seguida, deve ser realizada a busca que nos ajuda a calcular os descontos devidos em relação ao Imposto de Renda, que pode variar entre 0% e 27,5% de alíquota. Até a data de atualização deste artigo, a tabela abaixo continua a mesma aplicada no ano anterior.
Base de Cálculo (RS) | Alíquota (%) | Parcela a Deduzir do IR (R$) |
Até 2.112,00 | zero | zero |
De 2.112,01 até 2.826,65 | 7,5 | 158,40 |
De 2.826,66 até 3.751,05 | 15 | 370,40 |
De 3.751,06 até 4.664,68 | 22,5 | 651,73 |
Acima de 4.664,68 | 27,5 | 884,96 |
Essa tabela pode ser seguida à risca, desde que o profissional não possua dependentes.
No caso de planejamento financeiro, espera de novos membros da família, etc, é importante considerar a informação, pois pode afetar o resultado final do salário líquido.
E por fim, é necessário avaliar os demais descontos, que normalmente estão relacionados aos benefícios disponibilizados pelo empregador, tais como:
Para o cálculo do salário líquido, dos exemplos dados acima, vamos considerar que o empregador descontará apenas o Vale-transporte, em 6%, somado aos descontos de INSS e IRRF; então sobre um salário de R$ 3.000,00 teríamos: :
Como você pode ver, calcular o salário líquido não é nenhum segredo, ele pode ser trabalhoso mas após compreender as bases de cálculo e estar com as tabelas atualizadas, visto que elas mudam todo ano, é possível conferir a diferença entre o valor bruto pelo qual você foi contratado e o quanto realmente cairá na sua conta mensalmente.
Por Charles Gularte, contador técnico e responsável na Contabilizei.
Original de Contabilizei
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