Conhecer os processos do eSocial é fundamental para profissionais de departamento pessoal.
Em 2018, o uso do sistema tornou-se obrigatório para todas as empresas. Por isso, é preciso estar por dentro do seu funcionamento para não cometer erros no cumprimento das obrigações burocráticas da organização.
Pensando nisso, montamos um guia básico para você entender melhor como funciona o eSocial e alguns dos seus principais recursos. Para saber mais, continue conosco!
O eSocial é uma plataforma online do governo federal criada para unificar a entrega das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas.
Por meio do sistema, as empresas conseguem cadastrar funcionários, folhas de pagamento e pagar impostos de forma simplificada, entre outras ações.
O programa integra bancos de dados da Receita Federal, Ministério do Trabalho, Ministério da Previdência, INSS e Caixa Econômica.
Isso facilita o trabalho do departamento pessoal, que pode resolver as pendências com esses órgãos por meio de um canal único.
O sistema foi implementado em 2014, inicialmente para regulamentar a contratação de empregadas domésticas por pessoas físicas.
Em janeiro de 2018, passou a ser obrigatório para empresas que faturaram acima de 78 milhões de reais em 2016.
Por fim, em julho de 2018, a obrigatoriedade se estendeu para as demais empresas, com tempo de adaptação até janeiro de 2019.
O acesso à plataforma é feito por CPF/CNPJ, código e senha. Dentro da área logada, há opções para entrega de declarações, resumos para recolhimento de tributos e cadastro de dados relevantes sobre contratos de trabalho.
A identificação dos colaboradores é feita via CPF ou NIS (Número de Inscrição Social), independentemente da forma de contratação.
O eSocial permite uma série de eventos, todos muito úteis para o dia a dia da empresa e seus funcionários.
Como a obrigatoriedade do uso da plataforma é recente, a execução de algumas ações ainda gera muitas dúvidas nos profissionais de departamento pessoal.
Neste artigo, listamos alguns dos principais processos do sistema e esclarecemos seu funcionamento. Falaremos sobre:
Veja abaixo todos os detalhes sobre cada um deles.
Um dos processos do eSocial mais usados pelo departamento pessoal é a alteração de salário.
Ela é necessária em casos de reajuste na remuneração ou atualização no salário mínimo, e pode ser feita de forma bem simples dentro do sistema.
Antes de mostrar como aplicar essa mudança, é importante explicar a natureza das informações sobre o trabalhador na plataforma. O cadastro do funcionário é composto por dois tipos de dados:
Para alterar o salário de um funcionário, é preciso acessar seus dados contratuais. Confira o passo a passo:
No cálculo automático da folha de pagamento, o eSocial não considera o dia de vigência da alteração.
Por isso, o novo valor é válido para o mês completo. Caso a empresa queira que o salário seja adicionado à folha apenas a partir da data de vigência, deverá fazer os cálculos manualmente e editar a rubrica “Salário [eSocial] 1000”.
Para evitar esse trabalho, recomendamos que as alterações salariais sejam feitas em datas convenientes.
Apesar de também ser um dado contratual, a alteração da data de admissão é diferente da atualização salarial.
Nesse caso, é preciso fazer uma retificação. Diferenciar os dois conceitos é fundamental para entender os processos do eSocial:
A única situação em que é necessário modificar a data de admissão de um colaborador é em caso de erro no cadastro. Logo, a retificação é a ação certa para atualizar as informações. Os passos são os seguintes:
Ao demitir um funcionário, é preciso excluí-lo da folha de pagamento. Para fazer isso corretamente, a folha do mês ainda deve estar aberta. Certifique-se disso e cumpra os seguintes passos:
Aqui, é importante ficar atento à ordem das ações: primeiro, faça o desligamento, para depois fechar a folha de pagamento.
Se na hora de executar o processo a folha de pagamento do mês já estiver fechada, será preciso reabri-la.
Para isso, acesse o menu “Folha de Pagamentos”, encontre o mês desejado e selecione a opção “Reabrir Folha”.
Além de cadastrar, alterar e retificar, também é possível excluir eventos do eSocial. Esse comando é utilizado para tornar sem efeito uma ação enviada indevidamente.
Por exemplo: se você alterar o salário do colaborador errado, basta acionar esse recurso para tornar cancelar a mudança.
No eSocial, há uma lista de códigos usados para nomear cada ação possível. No caso da exclusão de eventos, esse código é o S-3000, e ele pode ser aplicado para a faixa de ações que vai do S-1200 ao S-2400.
As exceções são o S-1299 (fechamento de eventos periódicos) e S-1298 (reabertura de eventos periódicos). Como eles se complementam, não são afetados pelo comando de exclusão.
Excluir um evento no sistema é bem simples: basta selecionar o cadastro desejado e clicar no botão “Excluir”.
Como vimos ao longo do artigo, executar os processos do eSocial não é complicado.
No início, pode parecer difícil, devido ao grande volume de informações e possibilidades do sistema. No entanto, após compreender o funcionamento da plataforma, sua utilização é bem tranquila.
Agora, é só aproveitar as dicas para otimizar o trabalho do seu departamento pessoal!
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Conteúdo original via Xerpa
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