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SPED: os desafios para 2015

Em implementação desde 2006, o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) é um case de sucesso mundial em tecnologia, com a fiscalização digital dos tributos mais representativos na arrecadação.

Desde sua concepção, os módulos do sistema vêm sendo sucessivamente exigidos, mantendo as empresas preocupadas em melhorar constantemente a qualidade das informações prestadas eletronicamente às autoridades tributárias, fiscais, trabalhistas e previdenciárias.

Segundo Rogério Negruni, diretor presidente da Decision IT, planejamento é a grande ferramenta na área.“Diante do cenário econômico atual e dos desafios do SPED para este ano, trata-se de aspecto essencial para escolhas estratégicas que garantam o cumprimento completo e seguro dos projetos, em sintonia com o melhor custo-benefício”, assegura.

O executivo acredita que este será um ano chave para as empresas se prepararem frente ao aumento de escopo do SPED, “envolvendo tanto a evolução na abrangência das informações a ser enviadas, quanto o consequente cruzamento dos dados que, neste ambiente, estarão à total disposição do Fisco”, prevê.

Negruni alerta ainda para o chamado risco fiscal, ao questionar: “Será que todos já perceberam os possíveis impactos trazidos para as empresas, com essas informações permanecendo por cinco anos à disposição dos Fiscos e seus sofisticados mecanismos fiscalizatórios, que evoluem exponencialmente ano após ano?”

A seguir, dicas do especialista sobre os principais desafios do SPED para os quais as empresas precisam se planejar neste ano que está começando:

NFC-e: Negruni considera a Nota Fiscal do Consumidor eletrônica um caso exemplar de obrigação com alto retorno para as empresas. “O SPED chegou ao consumidor final, mas isso não deve ser visto apenas pela ótica de obrigação a ser cumprida, pois trata-se de um projeto rápido, capaz de eliminar processos burocráticos, reduzir custos e trazer ganhos ao salão de loja, causando uma excelente percepção de modernidade na hora da compra”, argumenta.

Bloco K do SPED Fiscal: Reforçará a adoção das melhores práticas relacionadas aos controles sobre produção e estoque, no entender de Rogério. “Este projeto exige um minucioso estudo do ambiente produtivo e de estoque da organização, identificando-se os controles essenciais não só para o cumprimento da obrigação, mas também para a boa gestão”, justifica.

eSocial: Para Negruni, diferentemente do que muitos apregoam, atender a faceta trabalhista e previdenciária do SPED requer da empresa focar, inicialmente, em seus processos e sistemas nestes campos. “Sistemas só automatizam processos, por isso a preocupação inicial deve recair sobre a adequação da cultura e dos processos à nova sistemática, para depois automatizá-los com sistemas, a ordem de prioridades neste projeto deve ser esta”, defende.

ECF: Segundo o diretor presidente da Decision IT, a Escrituração Contábil Fiscal exigirá a busca incessante por compliance. “Essa necessidade se enfatiza porque a ECF reflete minuciosamente os resultados da organização, devendo estar em sintonia e total acuracidade com seus processos, sistemas e outras escriturações”, pondera.

Com base em seus mais de 40 anos de experiência em projetos fiscais, o especialista conclui sua análise qualificando como sem precedentes o volume e a variedade de informações reunidas numa mesma base. “A empresa não pode mais atuar no mercado atual com paradigmas, processos e sistemas fiscais pré-SPED, sob pena de gerar riscos, despesas e, consequentemente, obsolescência mercadológica”, adverte.

Segundo ele, mais do que nunca o SPED exigirá a busca e a internalização de conhecimento em todos os processos e sistemas. “Diante do alto nível de detalhamento e o grande número de informações exigidas digitalmente, toda organização deve se preparar para estas mudanças e contar com parceiros estratégicos dotados de conhecimento especializado e provedores de soluções tecnológicas modernas.

“Na Decision IT, por exemplo, estamos auxiliando nossos clientes, no que tange ao planejamento, desde o início do segundo semestre do ano passado, com vistas às melhores escolhas estratégicas, aumento da eficiência operacional, redução dos gastos mensais destas operações, sempre conciliando o máximo grau de segurança fiscal à melhor relação custo-benefício”, arremata Rogério Negruni.

Fonte:

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