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STJ: seguradora obrigada a pagar indenização por erro na contratação

Autor: Ana Luzia Rodrigues

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Uma decisão do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) foi a favor da família de falecido com relação ao pagamento de indenização do seguro de vida. A decisão partiu porque a pessoa ao contratar o seguro era portador de doença e não a revelou.

Todavia, o ato não foi por má fé e o STJ encarou como um erro da seguradora por não exigir a realização de exames médicos e perícias antes da contratação. Tudo está confirmado na Súmula 609 e houve o julgamento da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Como ocorreu o caso

Na origem do caso, foi ajuizada ação de cobrança de seguro de vida pelas herdeiras do falecido. Após darem entrada no pedido para recebimento da indenização, a seguradora se negou a pagar, alegando que o segurado sabia ser portador de doença e omitiu tal informação no momento da contratação.

Em primeiro grau, a seguradora foi condenada a pagar a indenização. O tribunal estadual manteve a decisão, sob o fundamento de que, por não haver diagnóstico conclusivo, mas apenas alterações com suspeita de células neoplásicas, o segurado não tinha obrigação de se autodeclarar portador de qualquer doença quando contratou o seguro.

A empresa de seguros não concordando, entrou com recurso no STJ. Em sua visão, o contratante investigava a possibilidade de estar com uma doença grave. Dessa forma, teria violado o dever de boa-fé ao se declarar em plenas condições de saúde.

Imagem por @UveElena / freepik
Imagem por @UveElena / freepik

Sentença confirmada

No julgamento de agravo interno, a Quarta Turma confirmou a decisão do relator Marco Buzzi que negou provimento ao recurso da seguradora. Assim, além de invocar a Súmula 609, o ministro apontou a Súmula 7 do tribunal, que impede o reexame de provas em recurso especial.

O ministro observou que o entendimento da corte de origem está em de acordo com a jurisprudência do STJ e que, para afastar suas conclusões a partir dos argumentos apresentados pela seguradora, seria inevitável reavaliar as provas do processo.

Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.

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