Reforma Tributária obriga empresas a revisar contratos e modelos de negócio
Novo sistema de apuração e arrecadação da reforma tributária entra em fase de testes em junho. Conforme o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) – responsável pelo desenvolvimento –, o software para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) já está pronto. Serão selecionadas 500 empresas para ter acesso ao aplicativo que vai simular a operação do novo imposto, testar ERPs e submeter documentos fiscais. Se tudo der certo, a plataforma deve entrar em operação em 1º de janeiro de 2026.
O anúncio da fase de testes é um marco para a consolidação da Reforma Tributária, uma vez que muitas empresas ainda ignoram as mudanças e as adequações impostas pelo projeto. Após entrar em operação, a estrutura será aprimorada a partir dos comentários das empresas para utilização completa em 2027. Sobre a implementação completa das novas regras, a estimativa é que o período de transição vá até 2033. Contudo, algumas mudanças passam a valer já na virada deste ano.
Ao estudar o anúncio da Serpro podemos ter certeza de uma coisa: a integração tecnológica não é uma opção, é uma necessidade. À começar pela infraestrutura projetada para rodar em uma nuvem soberana de governo, com data centers em São Paulo e Brasília. O software ainda oferecerá uma calculadora tributária de código aberto e declaração pré-preenchida, facilitando a apuração do CBS e do IBS.
Todas essas novidades são uma boa notícia, mas são um alerta para as empresas que ainda estruturam o setor financeiro e contábil a partir de processos manuais. Em um país de dimensão continental, como o nosso, essa ainda é a realidade de muitas companhias. Há ainda aquelas que iniciaram o processo de digitalização, mas ainda não atingiram a maturidade digital.
Fica o alerta: às empresas que não se prepararem a partir de agora podem sofrer com a transição tardia às novas regras fiscais e exigências significativas no campo da tecnologia, inclusive sobre a segurança de dados. Para evitar dificuldades e custos não planejados durante a adaptação, o apoio de soluções inovadoras pode garantir mais eficiência e segurança no processo.
A partir de 1º de janeiro de 2026 terá início a transição para um novo modelo de tributação sobre o consumo no Brasil, com a cobrança gradual dos tributos CBS e IBS que, juntos, formam um modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA dual). Esses tributos vão substituir PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS, com o objetivo de simplificar o sistema tributário e reduzir a complexidade na cobrança de impostos sobre bens e serviços. Com a ativação do novo imposto, contar com um ERP é um investimento importante para estruturar o setor financeiro e contábil a partir de dados centralizados em uma plataforma, e não mais em pessoas.
A Reforma Tributária era necessária para alinhar o regime fiscal. A integração de sistemas, a automação dos processos fiscais e a adequação às obrigações fiscais, podem ser complexas no começo, mas vão qualificar e impulsionar as empresas. Contar com a terceirização deste serviço é uma vantagem competitiva que facilita a integração e a atualização constante. Assim, inovar é necessário, mas fica mais simples com o apoio de BPO (Business Process Outsourcing). Não corra atrás da mudança quando ela acontecer, antecipe-se e aproveite as oportunidades no horizonte.
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