Tesouro capta US$ 4,5 bi no exterior com juros mais altos. Veja!

O Tesouro Nacional realizou a captação de US$ 4,5 bilhões junto a investidores internacionais, apresentando um aumento nas taxas de juros em comparação com emissões anteriores. Essa operação ocorreu no lançamento de US$ 2,25 bilhões em títulos da dívida externa com vencimento em 2034 e outros US$ 2,25 bilhões em papéis com vencimento em 2054.

Os títulos de dez anos obtiveram uma taxa de 6,35% ao ano, representando um acréscimo em relação à última emissão realizada em abril do ano anterior, na qual o rendimento foi de 6,15% ao ano. Apesar do aumento nas taxas, fontes do Tesouro destacaram que estas foram inferiores às expectativas, inicialmente previstas em 6,5% ao ano.

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Para os papéis de 30 anos, a taxa atingiu 7,15% ao ano. Na última emissão, em junho de 2021, os juros foram de 4,925% ao ano. Esse aumento é atribuído, principalmente, à elevação das taxas nos Estados Unidos, que, em 2021, estavam em seu nível mais baixo devido ao estímulo econômico durante a pandemia de covid-19.

As taxas para os títulos de dez anos são as mais altas desde fevereiro de 2005, enquanto as taxas para os de 30 anos atingem o patamar mais elevado desde agosto de 2006. O aumento nos juros básicos nos Estados Unidos a partir de 2022 influenciou diretamente as taxas dos títulos brasileiros no exterior.

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Em contextos de crise e aumento das taxas externas, os investidores estrangeiros demandam juros mais altos para adquirir títulos brasileiros, refletindo uma menor confiança na capacidade do Brasil de honrar sua dívida. O governo brasileiro, ao lançar títulos da dívida externa, toma empréstimos de investidores internacionais, comprometendo-se a devolver os recursos com juros acordados, sendo 6,35% ao ano para títulos com vencimento em dez anos e 7,15% ao ano para os de trinta anos.

O spread, diferença entre os títulos brasileiros de dez anos e os do Tesouro norte-americano com o mesmo prazo, registrou queda. A taxa do papel brasileiro apresentou um spread de 225 pontos-base maior do que a dos papéis norte-americanos. Em comparação com a emissão anterior, houve uma redução de 60,4 pontos. No caso dos títulos de 30 anos, o spread foi de 282 pontos, indicando uma leve diminuição em relação à emissão anterior de junho de 2021.

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Os recursos obtidos no exterior serão incorporados às reservas internacionais do país em 29 de janeiro. O Tesouro Nacional ressalta que as emissões de títulos no exterior não visam principalmente fortalecer as reservas do país, mas sim fornecer um referencial para empresas brasileiras que buscam captar recursos no mercado financeiro internacional.

Leonardo Grandchamp

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