Categories: ChamadasEconomia

Tesouro terá recursos para cobrir vencimentos da dívida até abril

O Tesouro Nacional encerrará 2020 com mais recursos em caixa que o mínimo necessário para cobrir pelo menos três meses de vencimentos da Dívida Pública Federal (DPF). A afirmação é do coordenador de Operações da Dívida Pública, Roberto Lobarinhas. Segundo ele, chegará ao fim do ano com recursos suficientes para pagar os vencimentos até abril de 2021, com o caixa em torno de quatro meses.

“Sempre estivemos seguros disso e agora temos mais clareza de ter o caixa em níveis prudenciais”, afirmou Alves entrevista coletiva para explicar os resultados da dívida pública em outubro.

Segundo o coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, Luiz Fernando Alves, a transferência de R$ 325 bilhões do Banco Central (BC) ao Tesouro, ocorrida em agosto, ajudou a recompor a reserva financeira chamada de colchão da dívida.

Segurança

Esse colchão representa uma segurança de que o Tesouro não dará calote em investidores caso de uma crise muito grave que impossibilite o governo de emitir títulos públicos. Por meio da dívida pública, o Tesouro pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos, comprometendo-se a devolver os recursos mais tarde com alguma correção. Nos quatro primeiros meses do próximo ano, o Tesouro tem de pagar cerca de R$ 600 bilhões em vencimentos aos investidores.

Alves também ressaltou que a melhoria das condições de mercado nos últimos meses tem ajudado o Tesouro a recompor o colchão da dívida. Em outubro, as emissões de títulos alcançaram o recorde de R$ 173,26 bilhões. No auge da pandemia do novo coronavírus, de março a maio, o Tesouro teve dificuldades em emitir papéis no mercado.

Melhoria

Segundo o Tesouro, as condições do mercado melhoraram em outubro, principalmente após as eleições nos Estados Unidos. Isso melhorou as condições para o governo lançar mais títulos no mercado, com a perspectiva de que o Congresso norte-americano pode aprovar um novo pacote estímulos para a maior economia do planeta, o que reduz a pressão sobre mercados de países emergentes, como o Brasil.

“As expectativas de novos estímulos econômicos nos Estados Unidos e as perspectivas do resultado das eleições norte-americanas contribuíram para a melhora dos mercados ao longo do mês de outubro, apesar da cautela em relação ao aumento de casos de covid-19 em vários países, principalmente na Europa”, informou o Tesouro.

Na avaliação do Tesouro, as condições do mercado continuaram a melhorar em novembro, à medida que os resultados das eleições norte-americanas ficaram mais claros e com a divulgação das primeiras pesquisas de eficácia das vacinas contra a covid-19. O maior reflexo, segundo o órgão, foi sentido no risco país, que caiu 20,1% no mês até chegar a 174 pontos-base na última segunda-feira (23).

Fonte Agência Brasil – Por Wellton Máximo 

Jorge Roberto Wrigt

Recent Posts

Novas regras do BPC: governo detalha cálculo, deduções e conversão para auxílio-inclusão

Novas regras do BPC ampliam o cálculo da renda para incluir ganhos não formais e…

2 dias ago

Na prática: tudo o que você precisa saber sobre PIS e COFINS na tributação monofásica!

A tributação monofásica do PIS e da COFINS já está presente no dia a dia…

2 dias ago

Publicada nova versão do Manual da e-Financeira v2.5

Entenda as principais mudanças que ocorrem com essa nova versão

2 dias ago

Atenção! Dirbi e PGDAS com prazo de envio até segunda-feira (20)

O atraso ou a falta de entrega das obrigações acessórias podem gerar diversas consequências negativas…

2 dias ago

BNDES vai liberar R$ 12 bi para produtores rurais com perdas de safra

Linha de crédito de longo prazo é direcionada a agricultores atingidos por calamidades climáticas entre…

2 dias ago

4 bancos estão suspensos pelo INSS e não podem oferecer consignado

O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito na qual o valor das parcelas é…

2 dias ago