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Em um momento decisivo para os rumos da contabilidade e auditoria no Brasil, a 15ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente, realizada nesta segunda-feira (17) pelo Ibracon (Instituto de Auditoria Independente do Brasil) reuniu mais de 1.500 profissionais, reguladores e especialistas em São Paulo para debater o futuro da profissão. Sustentabilidade, ética, inovação e confiabilidade da informação foram os principais temas da programação.
Logo na abertura, o presidente do Ibracon, Sebastian Soares, destacou a importância do evento em um momento crítico para o setor. “Nunca o papel do auditor foi tão relevante. Estamos lidando com novas legislações, inteligência artificial, agenda ESG e uma pressão crescente por mais transparência. Tudo isso exige não só excelência técnica, mas também integridade e responsabilidade”, afirmou.
Economia e arcabouço fiscal também entraram em pauta. Em painel com o economista Carlos Kawall, discutiu-se o papel da contabilidade como elo entre responsabilidade econômica, regulação e credibilidade institucional. Foram abordados os limites do arcabouço fiscal e a necessidade de alinhar responsabilidade econômica com transparência informacional.
A pauta ESG foi destaque ao longo de vários painéis do evento. De manhã, a vice-presidente técnica do CFC, Ana Tércia Rodrigues, defendeu maior protagonismo das entidades contábeis. “Não há ESG sem confiabilidade, e não há confiabilidade sem contabilidade qualificada”, reforçou.
Gabriela Figueiredo Dias, presidente do International Ethics Standards Board for Accountants (IESBA), apresentou o novo padrão IESSA, voltado à ética e independência na asseguração das informações de sustentabilidade. “Estamos vivendo um ponto de inflexão. Ética não é opcional: é o pilar da confiança. O IESSA fornece as bases para asseguração robusta, aplicável a qualquer jurisdição ou modelo regulatório”, pontuou.
A discussão sobre normas internacionais seguiu à tarde, com destaque para Eduardo Flores (CBPS), Neil Stewart (ISSB/Fundação IFRS) e Tadeu Cendon (IASB), que reforçaram a liderança do Brasil na implementação das normas e a importância da integração entre relatórios financeiros e de sustentabilidade.
Já Tadeu Cendon, reforçou que o maior desafio atual não é normativo, mas cultural. “Normas estão sendo atualizadas. Agora precisamos garantir que sejam compreendidas e aplicadas com coerência por todo o ecossistema”, alertou.
Para Rogério Mota, diretor Técnico do Ibracon, é preciso capacitar os profissionais da auditoria para que compreendam e apliquem, com segurança, tanto as normas de sustentabilidade quanto os critérios de asseguração. “Esse é o grande desafio que temos pela frente”, afirmou.
Encerrando a programação do primeiro dia, o painel “Líderes: Perspectivas Futuras da Auditoria” reuniu nomes de destaque do setor para refletir sobre os rumos da profissão. Participaram Carlos Pires (KPMG), Fábio Cajazeira (PwC) e Angela Alonso (Alonso Barretto & Cia Auditores Independentes), que abordaram os impactos do ESG, da transformação digital e das novas responsabilidades do auditor na geração de valor e confiança.
Por Comunicação Ibracon
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