O governo decidiu restabelecer a contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre as receitas financeiras de empresas, e prevê arrecadar R$ 2,7 bilhões este ano com a medida.
De acordo com o decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União de quarta-feira (1º), serão retomadas as alíquotas de 0,65% do PIS/Pasep e de 4% da Cofins sobre os ganhos financeiros das empresas sujeitas ao regime de apuração de tributos não cumulativa, ou seja, cuja base de cálculo do imposto é o faturamento mensal. Hoje essas alíquotas estão zeradas.
As novas alíquotas passam a ter efeito a partir de 1° de julho de 2015. Segundo a Receita Federal, a medida deve atingir cerca de 80 mil empresas. Os resultados para os cofres do governo serão sentidos a partir de agosto.
Em nota, a Receita informou que a decisão foi tomada “para evitar abrir mão de importantes recursos para a seguridade social, sem que se vislumbre, hoje, motivação plausível para tal renúncia”. O fisco informa ainda que o restabelecimento dos tributos é “apenas parcial”, já que o teto legal permite que a alíquota do PIS/Pasep chegue a 1,65%, e a da Cofins, a 7,6%.
Na avaliação do tributarista Marcus Vinícius Gonçalves, sócio da área de impostos da KPMG, a medida é negativa pois abrange as operações de hedge das empresas contra a variação cambial.
“A volta da cobrança é preocupante porque atinge as operações de hedge, que são comuns em empresas de maior porte, a maioria com operações no comércio exterior. Com isso, a operação de proteção contra oscilação cambial perde uma parte de sua eficácia”, disse Gonçalves à Reuters.
Contas no vermelho
A medida foi publicada um dia depois do Tesouro Nacional anunciar que as contas do governo registraram, em fevereiro, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1997. No período, houve um déficit primário (receitas menos despesas, sem contar os juros da dívida pública) de R$ 7,35 bilhões.
A meta fixada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é de um superávit primário de 1,2% do PIB – uma economia de R$ 66,3 bilhões para o setor público, que inclui governo, estados, municípios e empresas estatais. Desse valor, R$ 55,3 bilhões correspondem à meta do governo.
Histórico
As alíquotas de PIS/Confins sobre as receitas financeiras foram reduzidas a zero em julho de 2004 – sem incluir as resultantes de juros sobre o capital próprio e as decorrentes de operações de hedge. No ano seguinte, um novo decreto determinou que a redução também era válida para as operações de hedge. (AE-AG)
O 13º salário do INSS 2025 foi confirmado e pago de forma antecipada pelo Governo…
O Ministério da Previdência Social lançou, nesta quarta-feira (15), o Programa de Regularidade Previdenciária dos…
Os beneficiários do Bolsa Família já podem se programar para os pagamentos de outubro de…
Evento gratuito acontece neste sábado (18) das 14h às 18h em formato híbrido
A economia brasileira apresentou leve avanço em agosto deste ano, mantendo um crescimento observado desde…
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) publicou, por meio da Resolução CGSN nº 183/2025,…