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Entenda mais sobre a Drex: moeda digital que promete revolucionar o sistema financeiro brasileiro
O Drex, versão digital do real regulamentada pelo Banco Central (Bacen), está prevista para ser implementada em 2027 e promete transformar o cenário financeiro do país. A nova moeda digital trará inovações, como rastreamento em tempo real de transações, contratos automatizados e maior eficiência em operações financeiras, mas também levanta debates sobre privacidade e segurança de dados.
Drex é o nome dado à moeda digital que representará o real em um formato baseado em tecnologia de registro distribuído (DLT). Diferente das criptomoedas tradicionais, como Bitcoin e Ethereum, o Drex será lastreado e regulado pelo Banco Central, garantindo que cada unidade digital tenha o mesmo valor do real físico. Seu objetivo principal é facilitar transações eletrônicas e tornar o sistema financeiro mais acessível e eficiente.
Segundo o advogado tributarista, Ariel Franco, o Drex permitirá que o governo tenha total rastreabilidade sobre as movimentações financeiras dos cidadãos. “Com essa implementação, os dados de tudo o que recebemos e gastamos serão automaticamente transmitidos ao Governo. Isso inclui valores, locais, formas de pagamento e detalhes de cada transação. A comparação que se faz com o Pix se torna superficial diante do Drex, que trará um controle muito maior sobre as operações financeiras”, explica o advogado.
A moeda digital promete facilitar operações financeiras, como a compra e venda de imóveis, por meio de contratos inteligentes que automatizam processos burocráticos. Isso reduziria fraudes e garantiria maior segurança jurídica. “Hoje, uma transação imobiliária envolve diversos intermediários e custos burocráticos. Com contratos automatizados, esses processos podem ser simplificados, tornando tudo mais rápido e seguro”, detalha Ariel.
Além disso, o Drex poderá democratizar o acesso ao crédito e outros serviços financeiros, permitindo que mais brasileiros utilizem soluções bancárias digitais sem a necessidade de uma conta em instituição financeira tradicional.
Desafios – Apesar das vantagens, o Drex levanta questionamentos sobre segurança de dados e controle governamental. Especialistas alertam que o rastreamento de todas as transações pode afetar a privacidade dos usuários, tornando de extrema importância a sua adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Para Ariel Franco, o principal desafio será garantir que essa rastreabilidade não se torne um mecanismo de vigilância excessiva por parte do Estado. “Esse é um tema que já vem sendo discutido há muito tempo. A questão não é mais viabilizar a tecnologia, mas sim assegurar que a implementação respeite os direitos individuais e a transparência financeira”, ressalta.
Implementação – Embora o Banco Central já tenha iniciado testes piloto em 2025, a implementação oficial do Drex deve acontecer a partir de 2027. O Bacen aposta na tecnologia como um marco da modernização econômica do país, garantindo que o sistema financeiro brasileiro esteja alinhado às tendências globais de digitalização monetária.
A transição para o Drex exigirá adaptações em empresas, bancos e consumidores, além de um acompanhamento legislativo para garantir que a nova moeda digital traga benefícios sem comprometer a privacidade e a autonomia financeira dos cidadãos.
A chegada do Drex reforça a necessidade de debates sobre inovação e regulamentação financeira, que definirão o equilíbrio entre avanço tecnológico e proteção dos direitos individuais.
Texto: Daniela Brito

Crédito: Marketing – Hemmer Advocacia
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