Reforma Tributária
Reforma Tributária: 75% dos pequenos empresários estão preocupados com as mudanças e adaptação ainda é lenta
Uma pesquisa publicada pela Exame revela que 75% dos pequenos empreendedores brasileiros estão preocupados com os impactos da Reforma Tributária, prevista para começar a ser implementada em 2026. A preocupação é justificada: embora a proposta busque simplificar a arrecadação de impostos no país, o processo de transição exige planejamento, investimento e atualização tecnológica, desafios que ainda estão longe de serem superados pela maioria das empresas.
Transição tributária exige ações urgentes
A Reforma Tributária está na reta final de regulamentação e a previsão legal é que as novas regras comecem a ser aplicadas gradualmente a partir do próximo ano. O novo regime substituirá cinco tributos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por três impostos unificados: CBS (federal), IBS (estadual e municipal) e o Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre produtos específicos como cigarros e bebidas alcoólicas.
Apesar da proposta trazer benefícios como a eliminação da cumulatividade e da guerra fiscal entre estados, muitos empresários ainda não se preparam adequadamente. O desconhecimento técnico, a ausência de assessoria especializada e o custo de adaptação de sistemas são alguns dos entraves enfrentados pelas empresas, principalmente de pequeno porte.
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Pequenos negócios estão mais vulneráveis
A falta de preparo técnico e financeiro agrava a situação das micro e pequenas empresas, que representam mais de 90% dos negócios no país. Muitos desses empreendimentos ainda operam com processos manuais ou softwares não atualizados, e sequer iniciaram o planejamento para revisar preços, contratos e estrutura fiscal.
“A adaptação não é opcional, é uma questão de sobrevivência”, alerta a tributarista Ariane Guimarães. “Empresas que ignorarem o cronograma de transição correm o risco de sofrer com autuações, aumento inesperado da carga tributária ou até interrupções operacionais”.
Aumento de custos e fim de incentivos
Outro ponto crítico é o fim de inúmeros benefícios fiscais existentes atualmente, especialmente em regimes como o Simples Nacional e o Lucro Presumido. Alguns segmentos que hoje contam com alíquotas reduzidas ou regimes diferenciados devem enfrentar uma elevação significativa na carga tributária.
Essa realidade exigirá que os empreendedores recalculem seus custos, revisem margens e até renegociem contratos, principalmente em setores sensíveis à tributação como comércio, alimentação e serviços.
Governo promete apoiar, mas empresas devem agir agora
Embora o governo federal prometa suporte técnico e gradativo na implantação da nova estrutura tributária, a responsabilidade principal será dos próprios empresários, que precisam investir em capacitação e atualização tecnológica.
A implantação da CBS e do IBS exigirá integração com sistemas eletrônicos, adequação de documentos fiscais, parametrização de ERPs e apoio de especialistas. Empresas que não investirem em inteligência fiscal e planejamento estratégico correm o risco de perder competitividade ou enfrentar penalidades severas.
Conclusão: o sucesso depende de preparação e resiliência
A Reforma Tributária representa uma transformação histórica no sistema fiscal brasileiro. Para que os benefícios propostos — como maior transparência, simplicidade e justiça tributária — se concretizem, será necessário comprometimento conjunto do governo, dos profissionais da área contábil e dos empreendedores.
Aos empresários, especialmente os pequenos, fica o alerta: a preparação deve começar agora. A capacidade de adaptação e a busca por conhecimento e apoio técnico serão determinantes para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que o novo cenário tributário irá trazer.
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