Connect with us

Chamadas

INSS: Beneficiário precisa devolver dinheiro da desaposentação?

Autor: Ricardo de Freitas

Publicado em

Em 2016, o Superior Tribunal Federal (STF) julgou que a prática de ‘desaposentação’ é ilegal, levando os tribunais do País a redefinirem seus julgamentos sobre o tema. Nesta quarta-feira, 27, foi a vez de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) seguir as instruções da Corte máxima do País.

Uma das principais disputas em torno do tema, no entanto, continua em aberto. Segundo especialistas, ainda não há clareza se a União pode ou não pedir de volta o dinheiro concedido em aumentos.

A legislação atual prevê que aposentados que trabalham continuam a ter contribuições descontadas do salário. Na desaposentação, esses trabalhadores pedem o aumento do valor do benefício, com base nas contribuições ‘extras’ feitas ao INSS.

O argumento para a extinção desse sistema defende que ainda é preciso fixar critérios para que os benefícios sejam recalculados. Segundo especialistas, o peso fiscal da prática pesou no julgamento: a Advocacia-Geral da União (AGU) estimava que um eventual reconhecimento ao direito de desaposentação traria um impacto anual da ordem de R$ 182 bilhões em 30 anos. “Houve um entendimento em que predominou o viés econômico do custo da aposentação”, explica o professor da FGV Jorge Boucinhas.

Sobre os benefícios já pagos, ele reconhece que há a possibilidade de se estabelecer o ressarcimento à União, embora julgue a medida improvável. Para Vitor Botti, da Glomb Advogados, o assunto deve ser alvo de novo debate nas instâncias superiores. “Se havia uma dúvida razoável sobre a existência do instituto (da desaposentação), o ressarcimento não seria obrigatório”, avalia.

O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical, João Inocentini, afirma que há diversos processos assim contra aposentados, mas que a entidade vai brigar na Justiça contra a devolução dos aumentos. “A Justiça não pode retirar o ganho de causa que ela mesma deu”, diz.

Outro ponto que provoca reclamações é a obrigatoriedade do recolhimento do INSS, mesmo depois da aposentadoria. Segundo Botti, essa questão está clara nas regras atuais. “O posicionamento majoritário dos tribunais é o desconto sobre o salário é lícito, devido ao princípio de solidariedade (da Previdência)”.

Esse é o mesmo entendimento da advogada Roberta Guarino Vieira, do escritório Braga Nascimento e Zílio. “O aposentado pelo RGPS que continuar ou voltar a exercer qualquer atividade abrangida por esse regime fica sujeito às contribuições previdenciárias como qualquer outro trabalhador não aposentado”.

Dica extra: Compreenda e realize os procedimentos do INSS para usufruir dos benefícios da previdência social.

Já pensou você saber tudo sobre o INSS desde os afastamentos até a solicitação da aposentadoria, e o melhor, tudo isso em apenas um final de semana?

Uma alternativa rápida e eficaz é o curso INSS na prática: Trata-se de um curso rápido, porém completo e detalhado com tudo que você precisa saber para dominar as regras do INSS, procedimentos e normas de como levantar informações e solicitar benefícios para você ou qualquer pessoa que precise. Não perca tempo, clique aqui e domine tudo sobre o INSS.

Com Portal Terra

Ricardo de Freitas não é apenas o CEO e Jornalista do Portal Jornal Contábil, mas também possui uma sólida trajetória como principal executivo e consultor de grandes empresas de software no Brasil. Sua experiência no setor de tecnologia, adquirida até 2013, o proporcionou uma visão estratégica sobre as necessidades e desafios das empresas. Ainda em 2010, demonstrou sua expertise em comunicação e negócios ao lançar com sucesso o livro "A Revolução de Marketing para Empresas de Contabilidade", uma obra que se tornou referência para o setor contábil em busca de novas abordagens de marketing e relacionamento com clientes. Sua liderança no Jornal Contábil, portanto, é enriquecida por uma compreensão multifacetada do mundo empresarial, unindo tecnologia, gestão e comunicação estratégica.

Mais lidas

@2025 - Todos os direitos reservados. Projetado e desenvolvido por Jornal Contábil