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Negócios: Por que empresas pouco endividadas resistem a crises na bolsa?
Durante toda a sua história, é possível notar períodos de alta e baixa na bolsa de valores do Brasil e do mundo.
Muitos são os fatores que podem influenciar o desempenho das ações como pandemias, crises globais, escassez de crédito, dentre outros. A primeira grande crise ocorreu no ano de 1929, onde houve um crash de várias empresas.
Em 2008 vivenciamos também um outro momento histórico, onde a crise dos empréstimos subprime causou uma ruptura mundial, e agora por conta do coronavírus também estamos vendo o mal desempenho de todas as bolsas mundiais. Nessas situações de instabilidade, porém, é possível observar algumas peculiaridades.
Empresas com baixo grau de alavancagem resistem mais às crises enquanto que empresas mais alavancadas acabam sofrendo mais, inclusive em alguns casos decretando concordata ou até mesmo falência do negócio.
Entendendo o conceito de alavancagem
Primeiramente, para entender porque uma empresa pouco endividada resiste mais às crises, é preciso saber o que é alavancagem e como ela interfere tanto positivamente quanto negativamente uma empresa.
Alavancagem é um indicador que mede o grau de endividamento de um negócio. Sendo assim, quanto mais alavancada uma empresa estiver, mais endividada ela estará, o mesmo acontece em sentido oposto.
Em situações estáveis da bolsa e da economia mundial a alavancagem nem sempre é ruim pois ela está relacionada diretamente com a rentabilidade de um projeto. Para entender melhor, vamos citar um exemplo.

Imagine uma empresa que para funcionar tenha a necessidade de um capital total no valor de R$ 1 milhão de reais. Vamos imaginar que mensalmente o lucro líquido dessa empresa seja de R$ 10 mil reais, o que corresponde a 1% de rentabilidade.
Portanto, se todo o capital integralizado forem dos sócios, a rentabilidade sobre capital próprio é de 1%. No entanto, se para constituir essa empresa foi tomado um empréstimo de R$ 500 mil com juros de 0,5% ao mês, essa situação muda.
Nesse caso, é pago ao banco R$ 2.500,00 de juros, sobrando R$ 7.500 aos sócios. Todavia, como o capital integralizado foi de apenas R$ 500 mil, a rentabilidade sobre o capital próprio subiu de 1% para 1,5% com o mesmo lucro líquido.
A interferência da alavancagem em situações atípicas
Entendendo que a alavancagem pode ajudar a melhorar a rentabilidade, muitas empresas optam por aumentar o seu endividamento, que em situações atípicas pode ser completamente desastroso.
Um dos pontos cruciais é a exposição maior à volatilidade. Pois, em tempos de retração econômica o crédito torna-se mais escasso e consequentemente os juros tendem a aumentar, isso pode não só baixar o lucro como também levar uma empresa ao prejuízo.
Nesse caso, os investidores receosos acabam procurando vender os seus ativos da companhia, o que vai gerando um efeito dominó ainda pior. Sem capital a empresa precisa reduzir a sua produção e consequentemente terá ainda mais prejuízo.
Portanto, empresas menos endividadas acabam resistindo mais à crise da bolsa, justamente por não possuírem despesas com juros em seu DRE. Isso faz com que os investidores acabem aumentando os investimentos em tais empresas durante a crise, afinal, elas possuem menor risco.
A dinâmica do mercado e das empresas
Sendo assim, é preciso portanto encontrar um equilíbrio no grau de alavancagem. Esse equilíbrio poderá proporcionar uma rentabilidade atrativa na empresa e um risco moderado em situações atípicas.
Do ponto de vista do investidor, empresas menos endividadas possuem uma atratividade menor, todavia uma segurança maior. Um indicador importante para se avaliar se a empresa está saudável é a divisão da Dívida Líquida sobre Patrimônio Líquido que pode ser encontrado em uma análise fundamentalista.Quanto maior for o DL/PL de uma empresa, mais tempo é preciso para ela honrar os seus compromissos. Podemos tomar como exemplo as ações da MDIA3 e da JBSS3, onde a primeira possui um DL/PL menor e por consequência pode ter problemas em épocas de recessão
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