Reforma Tributária
Reforma Tributária em prática: o playbook do empresário para preço, fornecedores e créditos de IVA
*Este conteúdo é de publicação exclusiva do Jornal Contábil em parceria com a Pigatti. A reprodução ou republicação em outros portais não é autorizada.
A Reforma Tributária ainda não está em operação, porém o relógio já está correndo. Em 1º de janeiro de 2026 deve começar a fase de testes do novo modelo, voltada a validar sistemas, documentos e integrações. A transição tende a seguir de forma gradual até 2032, com aplicação integral a partir de 2033. Dentro desse calendário, o final de 2025 marca um período de preparação que pode separar quem chegará à virada com previsibilidade de quem precisará fazer correções de último minuto. O que importa agora é como a sua empresa pretende formar preço, renegociar contratos, organizar cadastros e cuidar do caixa quando as novas regras passarem a valer de maneira progressiva.
No mercado, dois movimentos ficam claros. Há empresários que estão se adiantando, já conversaram com seus contadores, iniciaram o mapeamento de impactos por produto e por canal e estão implementando ajustes de forma silenciosa. Outros preferem aguardar a vigência das obrigações para observar o comportamento do mercado e só então decidir. Entretanto, como as margens tendem a ser pressionadas pela concorrência e por uma possível nova carga, em um momento em que a operação pedirá previsibilidade e o time precisará de tranquilidade para lidar com rotinas e sistemas novos, o risco operacional desse grupo é maior. O resultado pode ser um período de pressão sobre CEOs e diretorias, além de estresse adicional nas áreas financeira e administrativa.
Se você quer estar no primeiro grupo e reduzir riscos, precisa de um plano seguro, validado tecnicamente, e a Pigatti pode ajudar nisso. Avaliamos riscos e ajustes necessários, estruturamos a governança de fornecedores, revisamos contratos e preparamos a base de dados para a transição. O primeiro passo é uma conversa técnica com foco na sua realidade atual de preço, margem e caixa. Quer saber mais? Mande uma mensagem pelo WhatsApp para conversar com o time de especialistas da Pigatti.
Compras e fornecedores: o crédito começará na Nota Fiscal
A possibilidade de aproveitar crédito de IVA nascerá do documento fiscal do fornecedor. Se a nota vier com código, natureza ou alíquota inadequados, o Fisco poderá recusar o crédito, o que pode desorganizar o caixa e reduzir significativamente a margem.
Para evitar transtornos, a atuação do financeiro da empresa com o contador precisará ser muito próxima. A partir de 2026, será essencial que todas as notas e documentos fiscais sejam enviados ao contador sem falhas; caberá a ele conferir documentos e códigos fiscais, identificar inconsistências, apontar onde a classificação pode inviabilizar ou reduzir o crédito e formalizar as correções necessárias. A meta é objetiva: documentação correta, registros coerentes com a lei e, assim, o crédito será efetivamente aproveitável quando as regras estiverem em vigor.
Na Pigatti, essa frente abre a consultoria de Reforma Tributária. Mapeamos fornecedores com maior exposição, avaliamos a elegibilidade de créditos, reunimos evidências documentais e organizamos a base para negociações objetivas.
Vendas e clientes: preço líquido claro e confiança na formação de valor
Do outro lado, será essencial verificar se a situação fiscal do cliente está em ordem, qual é o regime tributário e se haverá geração de crédito, além de conferir se o cliente está emitindo as notas corretamente. Tendo em vista que, para prestadores de serviço que atuam no meio da cadeia produtiva, esse contexto poderá mudar a régua de negociação, quem puder se creditar tenderá a avaliar preço de um jeito; quem não puder, de outro. O time comercial precisará estar treinado para identificar esses casos e deixar explícitos o preço líquido tributário e a forma de incidência para os clientes com direito a crédito, mantendo a conversa sempre ancorada na legislação e nos contratos.
Nesse ponto, o contador, com atuação consultiva, pode ajudar a validar os cálculos de preço, explicar como os tributos entram na conta e reduzir atrito na negociação. A Pigatti, na consultoria de Reforma Tributária, integra essa validação à rotina comercial, para que a mesma lógica apareça na proposta, no contrato e na fatura. Para que a precificação seja defensável, o contador deverá confirmar o que é crédito elegível, traduzir a regra em cláusulas contratuais claras e manter a coerência entre orçamento, contrato e faturamento.
Dados confiáveis, sistemas preparados e trilhas de auditoria
Durante a transição, sua empresa conviverá com dois sistemas tributários diferentes. Para atravessar esse período com segurança, evitando erros e tributação excedente, será essencial manter cadastros confiáveis, parametrizar corretamente os sistemas e preservar um rastro documental completo. Códigos fiscais atualizados, regras de crédito aplicadas com critério e histórico acessível serão a base de qualquer formação de preço. O contador deverá alinhar essas camadas: validar códigos, produzir relatórios que separem preço líquido, tributos e crédito elegível, e manter a trilha de auditoria que sustentará o aproveitamento do crédito.
O futuro da contabilidade é ser consultiva
A transição tributária que se aproxima exige menos execução mecânica e mais interpretação aplicada. O volume de regras, exceções setoriais e impactos em preço, margem e caixa pede contadores próximos das decisões, com leitura de documentos e contratos, domínio de sistemas e capacidade de simulação. Quando a contabilidade assume esse papel consultivo, o crédito nasce no documento certo, o preço conversa com o contrato e o ERP guarda a trilha que dá segurança ao aproveitamento futuro. Isso reduz retrabalho, evita perda de crédito e organiza o caixa para períodos de teste e de troca de regime.
Ser consultivo significa atuar antes do problema. O contador analisa cadastros, antecipa cenários por produto e canal e orienta cláusulas de reequilíbrio e obrigação documental. Na prática, o comercial negocia com parâmetros claros, o fiscal sabe o que precisa entrar em cada nota e o financeiro enxerga prazos e limites sem surpresa. Essa coordenação transforma a regra em rotina e deixa cada área responsável pelo que de fato importa.
Há também um efeito de aprendizado. Empresas que passam a medir crédito elegível com critério, revisar contratos com base técnica e manter relatórios mínimos de auditoria ganham repertório para decidir melhor. O time entende por que um código muda, como isso afeta a precificação e quais evidências precisam ser guardadas. O resultado aparece em negociações mais objetivas, em menos ajustes de última hora e em fechamentos que se sustentam.
Por isso, a contabilidade tende a ocupar o centro da estratégia nessa virada. Não como suporte isolado, e sim como parceira na definição de cadastros, contratos, sistemas e indicadores que serão cobrados quando o novo modelo começar a rodar. Com método e presença nas decisões, a função contábil deixa de reagir ao passado e passa a preparar o futuro da empresa.
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